Não deu para Werley, muito menos para Henrique. Parados por Gatito Fernández, eles entraram na lista dos que não conseguiram superar o goleiro do Botafogo em uma cobrança de pênalti. Confiante no que poderia fazer para levar o alvinegro à conquista do Carioca-2018, o paraguaio planejou – e disse isso aos companheiros botafoguenses – a defesa de pelo menos duas penalidades na disputa.
– Eu tinha falado para eles que a responsabilidade era mais minha e que eles poderiam bater com confiança porque eu iria tentar pegar dois pênaltis. Graças a Deus eu consegui – contou Gatito, citando os momentos prévios à conquista no Maracanã.
Com um estilo frio e calculista na hora de defender as cobranças, Gatito opta por caminhadas lentar até a linha do gol pouco antes de dar o salto certeiro para fazer as defesas.
– Na hora do pênalti, me concentrei muito para ajudar meus companheiros. É meu jeito de me concentrar, são segundos que eu tenho que estar focado – disse o goleiro, que estava até em uma “crise de abstinência” de defesas de penalidades:
– Estava me sentido um pouco estranho até nos treinos, porque não estava tendo pênalti. É um momento único, o coração bate mais forte.
Colocando um ídolo do Botafogo no banco – o goleiro Jefferson – Gatito se vê, aos poucos, ganhando importância na história do clube.
– Acho que estou entrando na história, mas tenho muito caminho a percorrer no clube. Tomara que continue desse jeito – finalizou.