Jogador histórico de meio-campo e ídolo do Botafogo, Gérson Canhotinha de Ouro não aprovou a atuação de Honda e Bruno Nazário juntos no empate em 0 a 0 com o Cuiabá, que selou a eliminação na Copa do Brasil. Para o craque, não funcionou.
– O problema maior que encontra o Botafogo é que tem no meio Caio Alexandre mais atrás, Honda e Bruno Nazário. Quando esses dois jogadores iam para a frente, o contra-ataque do Cuiabá ficava aberto. Não pode ir de qualquer jeito. E quando a bola está no pé do Honda e do Nazário não pode ter moleza, tem que ter rapidez, saber o que fazer. Eles não fazem isso. Nazário até está mais habituado à ponta-de-lança, daqui para a frente, Honda joga mais atrás. Honda errou sete bolas, jogador de meio-campo não pode errar uma. No meu tempo levaria bronca de todo mundo. Meio-de-campo é de ouro. Se você erra o passe, dá curto, o cara rouba. Não pode – reclamou Gérson, em seu canal no YouTube.
– A moleza do Botafogo para sair com a bola de trás é irritante. Fica no toque inútil entre zagueiros e goleiro. Será possível isso? O Botafogo demora muito, os caras recompõem, aí querem sair – criticou.
O ídolo alvinegro viu melhora no time no segundo tempo, com as alterações promovidas pelo técnico interino Flávio Tênius.
– O Botafogo cresceu com as mudanças. Honda e Nazário entenderam que precisavam mais de rapidez, Angulo vinha buscar a bola ou carregava até o ataque, Guilherme na esquerda, Babi e Pedro Raul na área. Pedro Raul quase marcou de cabeça duas vezes. Depois teve a bola na trave e a cabeçada do Benevenuto. Tudo por causa das modificações. Se viesse antes, talvez dessem mais resultado. Pelo menos um gol para ir para os pênaltis, foi mais time e encurralou o Cuiabá, que não queria mais nada. Senti muito porque queria que o Botafogo passasse para outra fase e saísse um pouco do tumulto – lamentou.
