Parece até jogada ensaiada. Os torcedores do Botafogo estão se acostumando a ver cada vez mais gols de bicicleta da equipe nos últimos tempos. Em setembro passado, Camilo inaugurou a tendência pelo Brasileirão contra o Grêmio, no estádio Luso-Brasileiro. Talvez tenha sido o mais bonito dos três. Mas não o mais importante.
Rodrigo Pimpão marcou contra o Olimpia um gol que deu ao Alvinegro a vantagem do empate contra o Olimpia, no Paraguai, pela pré-Libertadores. Se o gol não tivesse acontecido e o Botafogo tivesse perdido por 1 a 0 fora, como acabou acontecendo, o clube não teria chegado à fase de grupos.
O golaço marcado na terça-feira por Roger pode ter sido igualmente decisivo, mas só se saberá no futuro, à medida que as próximas rodadas aconteçam. De qualquer forma, a importância do gol para o seu autor é evidente. Foi o segundo dele com a camisa do Botafogo em nove jogos, média baixa para quem é centroavante. O jogo de terça-feira trouxe um alívio grande para ele.
— Quando o gol sai, ameniza aquela ansiedade que a gente sente. Então eu estou muito feliz — afirmou ontem em entrevista coletiva.
A felicidade também contagiou Jair Ventura:
— Fico muito feliz por ele, até porque ele é um ser humano fantástico. E aí, quando você é do bem, trabalha, busca, as coisas acontecem. Mesmo com ele se sentindo assim, antes do jogo eu falei “preciso de você confiante, você pode ser importante sem gols”.
Mesmo em meio à empolgação, Roger foi modesto e reconheceu que a bicicleta do companheiro foi mais plástica:
— Acho que a do Camilo foi mais bonita — disse.
