‘Juntos pelo Basquete’ quer captar R$ 100 mil de início para manter Botafogo ativo, mas prazos são apertados

Ginásio Oscar Zelaya, em General Severiano, sede social do Botafogo recebe partida do NBB
Vítor Silva/Botafogo

Idealizador do movimento “Juntos pelo Basquete“, o sócio-proprietário do Botafogo Carlos Salomão sonha em conseguir deixar a modalidade ainda viva no clube. Campeão da Liga Sul-Americana no ano passado, o Botafogo teve o projeto do basquete interrompido por conta dos problemas financeiros que o clube atravessa.

Mas os prazos são curtíssimos: o Botafogo precisa confirmar até o próximo dia 15 sua participação na Champions Américas – principal torneio continental – e, até o dia 30, a participação no Estadual e no NBB. A intenção do movimento é mostrar para a diretoria que o basquete pode se manter com recursos próprios e, mais do que isso, ser superavitário.

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– Esse é um movimento apolítico e apartidário, não tem relação com nenhum dos candidatos à eleição. Tive contato com ambos há algum tempo e ambos se colocaram muito favoráveis ao projeto do basquete. Não tinha ideia da simbiose que foi criada entre a nossa torcida e o basquete. Quando vi que o fim do basquete gerou uma repercussão tão grande, levantamos a possibilidade de levantá-lo – afirmou Salomão ao canal “BrauneFogo“.

Carlos Salomão revelou que não conseguiu contato direto com o presidente Nelson Mufarrej, mas que conversou com membros do atual Conselho Gestor, que foram receptivos à ideia. Salomão fez também um convite formal para que Alexandre Brito e Glaucio Cruz, responsáveis pelos esportes olímpicos que deixaram recentemente o clube, auxiliem nesse projeto. Uma plataforma com recompensas para quem quiser contribuir – nos moldes de um sócio-torcedor – estaria sendo debatida.

O projeto do basquete da forma como aconteceu na última temporada custava algo em torno de R$ 4 milhões, por mês seria R$ 333 mil. É um número considerável, você não consegue achar em qualquer esquina, mas para um clube do tamanho do Botafogo é um número muito palpável. O movimento Botafogo sem Dívidas arrecadou um valor maior do que esse para o pagamento de tributos, por exemplo. Se captar nesses primeiros 15 dias algo em torno de 100 a 150 mil nessa plataforma em cima da hora, demonstrando para o clube que há possibilidade real de sustentar esse projeto de forma segura e responsável, o clube vai assumir esse compromisso em cima do valor que captamos – explicou.

Salomão deixou claro que o projeto para tentar salvar o basquete consiste em torná-lo sustentável e garantiu que o esporte não tiraria nenhum centavo da verba destinada ao futebol.

Não queremos que o basquete seja um peso para o clube. A premissa do movimento Juntos pelo Basquete é não utilizar nenhum recurso do futebol. A partir daí os membros do comitê gestor começaram a analisar melhor a ideia – disse.

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Evitar uma debandada é possível?

As notícias recentes não são nada animadoras quanto a uma possível reviravolta no basquete do Botafogo. O técnico Léo Figueiró estaria acertado com o Bauru, enquanto Cauê Borges já foi anunciado pelo Paulistano, Lucas Mariano está a caminho do São Paulo e Arthur Bernardi está próximo de um acerto com o Corinthians. Salomão acredita que é possível manter uma base, mesmo com menos recursos que em relação à temporada passada.

– Conversei com o Léo (Figueiró) sobre a possibilidade de fazer um projeto menor, manter a base do time, e ele já mostrou a qualidade de montar um elenco várias vezes. A possibilidade de manter essa modalidade vitoriosa com recursos muito abaixo do orçamento anterior era normal. Muitos clubes tradicionais fizeram cortes na casa de 40% a 50%. Mesmo mantendo essa base do time, conseguiríamos fazer esse projeto rodar com um valor bem acessível – frisou Salomão.

Veja o vídeo da entrevista com Carlos Salomão, idealizador do ‘Juntos pelo Basquete’:

Fonte: Redação FogãoNET e Canal BrauneFogo

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