O Botafogo ocupa a 5ª colocação no Campeonato Brasileiro, posição que marca a recuperação alvinegra na competição. Mas nem sempre foi assim e Rodrigo Lindoso sabe disso. Um dos destaques da equipe, o volante relembrou a caminhada alvinegra até o bom momento e reforçou que ninguém pensa em relaxar na reta final. Foco por novas vitórias e objetivo de deixar o Botafogo na melhor colocação possível.
– O Jair deixou isso bem claro na reapresentação. Não é porque estamos nessa crescente que vamos deixar mudar tudo. O grupo todo já pensava assim. É estranho pensar lá atrás. É mais fácil comentar quando se vive a situação. Fomos 17º e brigávamos para não cair, já hoje estamos em 5º e podemos chegar mais longe. É mais fácil falar que existem bons jogadores agora. Eram pequenos detalhes, o que agora faz a diferença. Entre nós não muda nada – ressaltou Lindoso.
Confira os principais trechos da entrevista coletiva de Rodrigo Lindoso:
PÉS NO CHÃO
– Sei que vocês querem ouvir que vamos brigar por título, mas vivemos uma situação dificil na virada de turno. Não é agora, numa boa situação, que vamos dizer que brigaremos por título. Temos que fazer primeiro o nosso papel. Focamos sempre no próximo jogo.
LINDOSO VOLANTE
– Quando eu cheguei tive uma conversa com o Ricardo e antes da minha estreia ele comentou sobre jogar como primeiro volante, coisa que eu já tinha feito antes. Tive uma adaptação e o time foi bem. Quero estar jogando. Me adaptei a mudança de posição e claro que todo jogador quer fazer o gol, é o grande momento do futebol. Durante o campeonato já fiz funções diferentes. Cada um tem seu papel e procuro fazer o meu. Não apareço muito, mas faço meu papel dentro de campo.
VOLTA POR CIMA NO FOGÃO
– Vim de família humilde e tudo que faço é por eles. Quando cheguei no Madureira era uma promessa, sempre fui capitão em todas as equipes nas categorias de base. Havia a expectativa para que estourasse num time grande, coisa que não aconteceu na sequência. Fui para o Fluminense, mas dei a volta por cima aqui no Botafogo. Vivo meu melhor momento e costumo dizer que o difícil não é chegar, mas sim manter. Nunca esqueço de onde eu vim.
CADA COISA NO SEU TEMPO
– Acho difícil escolher ficar ou sair. Isso é consequência do que se faz e das oportunidades da vida. Procuro estar bem e todo mundo sabe que jogador de futebol é uma carreira curta. Tenho família, passa pela minha cabeça, mas não tem como escolher. Deixa a vida acontecer.
CLASSIFICAÇÃO PARA A LIBERTADORES
– Tudo que acontece é o melhor pra mim. Se conseguirmos a vida, representa tudo. Vivo cada momento na vida como se fosse o último. Fiz parte da recuperação do Botafogo, que vivia uma fase difícil, e agora estamos aqui com essa sintonia boa. A Libertadores é uma das competições mais importantes e pode ser um momento único também. Temos que buscar e sem dúvida será especial.
CARLOS ALBERTO TORRES
– Pela minha idade não pude vê-lo atuar, mas acompanhei pela internet. Quando chegamos no clube procuramos saber quem fez história aqui. Foi uma perca mundial. Já se declarou botafoguense e víamos nas entrevistas dele que estava empolgado com o momento do time. Ele está num bom lugar e o bom é saber que recebeu homenagens quando era vivo.
VITÓRIA PARA HOMENAGEAR O CAPITA
– Sem dúvida, até pelos familiares dele. Vamos jogar para homenageá-lo também. Se estivesse vivo torceria para a gente.
DE OLHO NO CORITIBA
– Procuro acompanhar. Gosto de assistir, buscar informações. Já dei uma olhada no jogo contra o Fluminense, tiveram dificuldades no primeiro tempo e depois buscaram o empate.
RECEPÇÃO AO MENINOS
– O nosso grupo é muito bom e os meninos foram bem recebidos. Conseguiram um título importante e vão brigar pelo espaço deles. Falo com todos normalmente. Vi os jogos, mas ainda não temos amizade fora de campo.