Mais do que um clássico decisivo, o Botafogo x Flamengo desta quarta-feira (16), pela semifinal da Copa do Brasil, traz a memória trágica da morte de um torcedor. Seis meses depois daquele episódio, em duelo pelo Campeonato Carioca, os rivais voltam a se enfrentar no Nilton Santos sem espaço para riscos: esquema montado e segurança reforçada.
“O fato que aconteceu em fevereiro foi uma situação atípica. Havia a questão da greve e o policiamento não conseguiu chegar no horário em que deveria. Não tem relação com o jogo de amanhã (quarta-feira). A questão não é o local, mas o comportamento da torcida”, disse o comandante do Gepe, major Silvio Luiz.
A Polícia quer “descolar” os cenários, mas as precauções serão tomadas ao máximo. A operação do clássico deve contar com mais de 800 seguranças. Segundo ficou definido na reunião entre clubes, federações e autoridades públicas, serão 190 integrantes do Grupamento Especial de Policiamento em Estádios (Gepe), 180 do 3º Batalhão de Polícia Militar, da Polícia Montada e do Batalhão de Choque e mais de 400 seguranças particulares.
Tudo isso para atender menos de 40 mil torcedores e garantir pouco contato entre alvinegros e os quase 4 mil rubro-negros que visitarão a casa do rival. A torcida do Flamengo será escoltada desde os vagões dos trens para o Engenho de Dentro até as portas do estádio. Quem não estiver de posse de um ingresso, aliás, não pode nem ir para muito longe das estações.
“O torcedor do Flamengo tem que ter ingresso, não pode vender ingresso na hora. Só vai poder entrar nos arredores do estádio quem tiver ingresso. Para evitar quem quiser tumultuar ou comprar ingresso do Botafogo”, afirmou o vice-presidente de marketing do Botafogo, Marcio Padilha.
Segurança de Botafogo x Flamengo
- 190 policiais do Gepe
- 180 oficiais de 3º BPM, Polícia Montada e Choque
- 400 privados na segurança interna + auxílio no entorno do estádio