Montenegro diz que Botafogo jogou sob protesto e ironiza objetivo após o Carioca: ‘Tomar cerveja e ver os outros Estaduais do sofá’

Carlos Augusto Montenegro, membro do Comitê Gestor de Futebol do Botafogo
Reprodução/Premiere

Uma das principais vozes contrárias ao retorno do futebol em meio à pandemia do novo coronavírus, Carlos Augusto Montenegro, membro do Comitê Executivo de Futebol do Botafogo, esteve no Estádio Nilton Santos neste domingo para acompanhar à goleada sobre a Cabofriense por 6 a 2, pelo Campeonato Carioca. O dirigente reforçou que a equipe entrou em campo sob protesto.

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O Botafogo está retornando triste, foram mil mortes ontem e só ouvimos falar de futebol no Rio de Janeiro. Todos estão preocupados com a doença, nosso técnico não aceitando essa situação sob protesto, um astro internacional que jogou três Copas do Mundo perguntando se é isso mesmo que está acontecendo… Não tivemos tempo para treinar, teve uma correria tremenda para depois ficar um tempo todo sem fazer nada de novo, assistindo aos outros Estaduais pelo sofá. Viemos a contragosto, tristes – afirmou Montenegro ao SporTV, completando:

– O Botafogo fez, está e vai continuar fazendo a coisa certa. Elegemos a proteção do ser humano, o respeito à vida. O problema não são os protocolos, testes, comissão, funcionários… O problema é jogar não respeitando um momento de luto no país. São dez aviões caindo todo dia. Quando um avião cai já é uma comoção, imagine dez todos os dias e você não ter respeito pelos óbitos, pelas famílias, pelo sentimento das pessoas.

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‘Rio no livro dos recordes’

Perguntado sobre quando o ano do Botafogo de fato começará após a pandemia, Montenegro voltou a ironizar a pressa pelo retorno do Campeonato Carioca. Principal torneio do país, o Campeonato Brasileiro está previsto para começar apenas no dia 8 de agosto.

A competição depois vai ser tomar cerveja e assistir aos outros Estaduais, que tiveram muito mais lucidez do que a gente, no sofá. E esperar até meados de agosto para tentar voltar o Campeonato Brasileiro. Entramos no livro dos recordes, somos a única cidade do mundo que jogou futebol no pico da pandemia, não respeitando os mortos e seus familiares. Vamos começar de cabeça erguida e se Deus quiser com a S.A., já que o projeto está bem avançado e quase nos finalmentes – explicou o ex-presidente.

Fonte: Redação FogãoNET e SporTV

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