Em colapso financeiro, o Botafogo não descarta reduzir os salários dos jogadores do elenco durante a pandemia do novo coronavírus. A declaração é de Carlos Augusto Montenegro, membro do comitê executivo do Botafogo em live com o jornalista Venê Casagrande, nesta segunda, 27.
— Não posso garantir que não haverá (redução salarial). As competições pararam dia 8 de março. Nesses dois meses (março e abril) nós vamos pagar integralmente. Maio a gente vai resolver na primeira semana. Se a gente sentir que dá para segurar o mês de maio, tudo bem. Se sentirmos que não dá, vamos conversar. Então, no meio de uma pandemia que o mundo nunca viu, é bom ir com cautela. Semana a semana – disse.
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Salários
— Cada clube tem a sua cruz. Fico sabendo dos outros clubes pela imprensa. Ouço que Fluminense e Vasco ainda não pagaram nenhum salário esse ano, que o Flamengo está indo a banco. O Botafogo está com uma folha bem mais enxuta. Nós temos uma parte do dinheiro que a Globo paga que vai para o sindicato, tem uma prioridade. Em relação ao jogadores de futebol desse ano, estamos devendo só o mês de março. Tem quatro ou três jogadores, do ano passado, que estamos devendo férias e alguns direito de imagem. Nesse ano diminuímos a folha e colocamos 95% em CLT.
— Com relação aos funcionários, estamos devendo 77% do mês de fevereiro e o mês de março. A nossa situação é essa. É ruim dever, mas não é uma situação desesperadora. Hoje você atrasar um mês de salário no meio de uma pandemia é um esforço legal. Nós fomos um dos poucos que não mexemos no salário durante março e abril. Claro que se houver alguma coisa e ficar por mais tempo, vamos ter que sentar com eles e discutir. Não mexemos porque sempre estávamos atrasados e os jogadores pacientes, resolvemos não mexer agora. Comunicamos a eles. Vamos aguardar para ver como vai ficar a curva do coronavírus para que a vida volte ao normal.
Previsão para pagamento
— Existe a previsão para pagar algo até quinta ou até o começo da semana que vem. O que pode acontecer é essa verba que fica bloqueada na TV e vai para o sindicato para os funcionários.