459 jogos. Terceiro jogador com o maior número de partidas pelo Botafogo de Futebol e Regatas, atrás apenas de Garrincha e Nilton Santos. Uma Copa do Mundo disputada. As credenciais de Jefferson, sem dúvidas, colocam o goleiro como um dos maiores nomes da posição no futebol brasileiro no século XXI. No entanto, um episódio em 2015 deixou o goleiro e a torcida do Glorioso sem explicações.
Após a partida contra o Chile, pelas Eliminatórias da Copa de 2018, que o Brasil perdeu por 2 a 0, o goleiro do Botafogo perdeu a posição para Alisson, em uma escolha do técnico Dunga que deixou muitos sem resposta.
Em entrevista ao FOXSports.com.br, Flavio Tenius, atual preparador de goleiros do Botafogo, que está há nove anos no clube, com uma breve passagem pelo Vasco em 2015, e que trabalhou com Jefferson durante muitos anos, disse que a perda da titularidade do goleiro ainda é um mistério sem explicação. Para ele, o primeiro gol do Chile, que é apontado como uma das causas, não pode ser a justificativa.
“Eu entendo, eu respeito a posição do treinador, foi questão de preferência. Nós, que estamos no futebol, e que minimamente entendemos de futebol, não podemos colocar aquele gol do Chile como a saída dele. Foi um gol difícil e, mesmo que tivesse sido uma falha, foi uma opção. A gente já ouviu várias justificativas: que ele não jogava muito bem com o pé, que ele falhou nesse gol, que ele não se comunicava muito. A gente já ouviu um monte de coisas para justificar a saída dele. Não adianta querer botar culpa, porque não vai convencer a ninguém. Eu achei que essa saída dele não ficou tão bem explicada. O treinador pode fazer o que quiser com a equipe, precisa nem querer justificar a preferência, mas acho que poderia ter esperado um pouquinho mais porque o Jefferson estava num momento muito bom e não foi isso que aconteceu”, disse.