Presidente do Botafogo, Durcesio Mello foi entrevistado pela Rádio Bandeirantes nesta terça-feira e falou, entre diversos assuntos, sobre o Estádio Nilton Santos. A questão era sobre o futuro da casa alvinegra, que está sob responsabilidade do clube até 2031, quando se encerra a concessão obtida junto à Prefeitura do Rio de Janeiro.
– Ninguém vai querer o Nilton Santos, já tem nossa cara. O Flamengo tem o Maracanã, o Vasco tem São Januário. Poderia ser o Fluminense, mas não vai ser. Eu até gostaria de dividir o estádio com o Fluminense, por exemplo, como vários estádios do mundo são divididos. A Inter de Milão quando joga é Giuseppe Meazza, quando é o Milan é San Siro. É o mesmo estádio. E assim tem outros. Então por que não dividir, e dividir despesas e receitas também? – ponderou Durcesio.
O presidente alvinegro foi questionado ainda se o Botafogo ainda é clube grande.
– É lógico que é. Time que tem quatro milhões de torcedores ainda é grande, com certeza. É grande, mas não está grande no momento. É o clube que mais cedeu jogadores para a Seleção Brasileira em Copas do Mundo, o único com dois jogadores eleitos o melhor da Copa, Didi e Garrincha em 58 e 62, tem o maior recorde de invencibilidade no Brasil. É óbvio que isso é história, infelizmente não traz dinheiro no momento. Mas temos muita coisa – destacou Durcesio, que lamentou os resultados dos últimos anos.
– É o grande problema que temos, porque só se segura sua torcida com títulos e/ou ídolos e não temos um título importante há mais de 20 anos. É uma preocupação. A torcida será parte importante disso, temos que contar muito com ela para incrementar o sócio-torcedor. A torcida está descrente, e é compreensível. Eu fui torcedor de arquibancada, eu sei como é isso – completou.