O Botafogo tinha uma meta. Alcançou-a com a vitória sobre o Internacional. Com 47 pontos, não será rebaixado, o que significa o primeiro objetivo no início da campanha do Brasileirão. Até a noite de quarta-feira, nenhum jogador alvinegro nem o técnico Jair Ventura esboçava falar em Libertadores. ”Passamos duas rodadas na lanterna e ficamos na zona de rebaixamento. Não posso pensar em Libertadores”, dizia Jair.
Assim que terminou a partida na Arena Botafogo, o discurso mudou: ”Escapamos do rebaixamento que era o nosso objetivo e agora estamos dentro. Não queremos mais sair”, disse Rodrigo Pimpão. ”Temos de pensar sempre grande, mas nossa realidade não era essa”, disse Jair Ventura.
A ambição agora é justa, para quem é neste momento o vice-líder do segundo turno, com um jogo a mais do que o Flamengo. E quinto colocado no Brasileirão, um ponto a mais do que o Fluminense. Começou pior do que o Internacional, equilibrou a partida nos últimos quinze minutos do primeiro tempo, tornou-se melhor no início da segunda etapa e foi ameaçado pelos contra-ataques de Vitinho nos últimos dez, antes do lance de Sassá. O toque de mão na grande área existiu, mas a tentativa de tirar o braço da bola permitira não marcar o pênalti — eu não marcaria.
O gol de Sassá levou-o à artilharia do Brasileirão. O placar mais justo seria o empate, pelo que foi o jogo. Mas que o Botafogo merece por todo o esforço da temporada toda é indiscutível.
Ano passado, o Rio de Janeiro teve todos os seus representantes abaixo do décimo lugar pela primeira vez desde 1996. Neste ano, pode classificar três clubes para a Libertadores pela primeira vez desde 2012.