Polivalente, Joilson jogou no Botafogo de 2005 a 2007, foi campeão carioca fazendo no gol na final em 2006 e participou do “Carrossel Alvinegro“. Hoje com 41 anos e aposentado – o último clube foi o Angra dos Reis -, ele deu entrevista ao canal “Botafogo Nela” e relembrou os tempos de clube.
O ex-jogador destacou a relação da torcida e revelou que até hoje o pedem para retornar ao Botafogo.
– Sinto essa identificação até hoje, que participo do (time de futebol) master. As pessoas me pedem para voltar, comentam “volta”. Vou voltar como? Não dá mais não (risos) – brincou.
– A torcida do Botafogo é diferente, quando gosta gosta mesmo. Tem um carinho, me trata superbem. Até hoje falam do meu gol contra o River Plate – lembrou Joilson, que tinha o apelido de “Showilson“.
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Botafogo de 2007
– O time se encaixou, já tinha jogadores de 2006, vieram novas peças, se encaixou de tal maneira, com amizade, um gostava do outro. Deu certo, mas infelizmente o título não veio. Tivemos Copa do Brasil e Estadual que não deram certo, no Brasileiro lideramos o primeiro turno todo e deixamos escapar no segundo. E ainda teve a Sul-Americana também. Ficou uma sensação horrível. Não ganhamos nada, só uma Taça Rio. Deixamos escapar. Tiveram vários fatores fora de campo também, mas é coisa do passado. Graças a Deus todo mundo se deu bem, foi para outros times depois, graças ao Botafogo, que abriu as portas.
Cuca
– Foi muito treino. O Cuca é inteligente demais, trabalha bem, tínhamos várias jogadas, até de lateral. Ele faz os times andarem. Na minha visão foi um dos melhores treinadores que na tive na parte técnica.
River Plate
– O jogo mais marcante para mim foi o primeiro do River Plate. No segundo estávamos jogando até bem, não sei o que aconteceu. Eu saí, estava indo para o túnel já, classificado, quando ouvi a gritaria percebi que deu ruim. Quando vi Bebeto (de Freitas, presidente) estava chutando as coisas, teve aquele episódio quando voltamos ao Brasil, aquela loucura, jogaram pipoca, ovo… Todo mundo ficou puto da vida depois do jogo, sem entender nada, como deixamos escapar. Jogamos melhor, os caras jogaram só dez minutos. Foram felizes. Também tinham jogadores de qualidade, Falcão Garcia, não perdemos para qualquer um.
Saída do Botafogo
– Queria permanecer, mas financeiramente no São Paulo seria melhor para mim. Não estava conseguindo chegar a um acordo com o Botafogo. Depois queria até voltar, falei com meu empresário, mas acabei indo para o Grêmio.
Aposentadoria
– Ninguém se programa para parar, não cai a ficha de ninguém. Todo mundo acha que dá, mas chega uma hora que está desgastado, muita concentração, família pedindo, não tem como… Hoje só fico com a família. Não tenho vontade de ser treinador. Melhor ser auxiliar, que não é xingado (risos).
Lateral do Botafogo hoje
– Assisti aos últimos jogos, o Kevin foi o melhor em campo contra o Cuiabá, foi bem demais. Bate bem na bola, vai bem. Para mim o melhor está jogando, apesar que o time não está ajudando. Acaba sobrando para o setor defensivo todo.
Ser lateral atualmente
– Hoje em dia é até mais fácil jogar, joga com ponta, antes era lateral contra lateral e o campo era maior. Hoje não precisa passar tanto, toca no ponta e às vezes passa. E o campo é arena, menor. Antes era lateral contra lateral no Maracanã, os laterais eram todos bons, era difícil até escolher para entrar na seleção do campeonato. Hoje é difícil achar um.
Ninguém cala
– Essa música marcou até hoje. Praticamente só a torcida do Botafogo tinha música, depois vieram as outras. Quando fui para o São Paulo, o Rogério Ceni falou “as músicas da torcida do Botafogo são muito lindas”. Não tem nenhuma torcida com músicas iguais àquelas. E pegou né.








