Em um ano de Botafogo, Honda já está perto de igualar número de técnicos que teve no Milan e Japão

Emiliano Díaz e Honda - Botafogo
Gabriel Baron/Botafogo

A experiência de Keisuke Honda no futebol brasileiro já tem algo para ele colocar na lista de fatos inusitados. Em menos de um ano de Botafogo, ele está próximo de igualar o número de técnicos em dez anos pela seleção do Japão e em três temporadas e meia do Milan.

Nesta sexta-feira (27), o Botafogo dispensou Ramón Díaz, 22 dias após o argentino ter sido apresentado, sem paciência para esperar até 7 de dezembro, quando o treinador, que está internado, terá alta hospitalar. A equipe está na zona de rebaixamento e não quer arriscar.

Tanto que já noticiou que Eduardo Barroca assume o posto, sendo o quinto profissional diferente a comandar o time em 2020.

Honda não teve contato direto com Díaz, afastado por causa de uma cirurgia, mas sim com os auxiliares dele: Emiliano Díaz, Osmar Ferreyra, Jorge Pidal, Damián Paz e Juan Nicolás Rommannazi. Eles também foram dispensados nesta sexta-feira.

Antes, o meio-campista japonês trabalhou com Alberto Valentim (40 dias juntos), Paulo Autuori (232 dias) e Bruno Lazaroni (27 dias), este o último antes da vinda de

A troca de técnicos é pouco comum na Ásia e na Europa, mas no Brasil sempre foi algo corriqueiro. Mas ter cinco técnicos em uma mesma temporada é surpreendente até para os padrões nacionais.

Durante a passagem pelo Milan, entre janeiro de 2014 e maio de 2017, Honda trabalhou com sete técnicos, considerando na soma dois interinos, Mauro Tassoti (três dias e apenas um jogo) e Cristian Brocchi (abril e maio de 2016), e Clarence Seedorf (de janeiro até maio de 2014).

Na seleção japonesa, de 2008 até 2018, Honda teve seis técnicos, considerando na soma o trabalho de Hiromi Hara após a Copa do Mundo de 2010.

Mesmo no Nagoya Grampus, o primeiro clube profissional da carreira, no qual teve uma passagem de quatro temporadas, Honda trabalhou com menos treinadores. Foram quatro.

Apenas no Vitesse, da Holanda, ele teve a experiência de ver trocas tão rápidas. Em dois meses, foi treinado por dois profissionais diferentes. Mas porque Leonid Slutsky aceitou proposta para defender o Rubin Kazan e, assim, o clube promoveu Joseph Oosting da base.

A experiência no Brasil tem outras marcas para preocupar Honda. Os dirigentes forçaram o retorno do futebol ainda durante os altos índices da pandemia do novo coronavírus. E o Botafogo, que chegou a pensar grande, luta desesperadamente contra o rebaixamento no Brasileirão.

Os técnicos de Honda

Nagoya Grampus (2004-2008)
Nelsinho Baptista
Hitoshi Nakata
Dwight Lodeweges
Sef Vergoossen

VVV-Venlo (2008-2010)
Jan van Dijk
André Wetzel

CSKA Moscou (2010-2014)
Leonid Slutski

Milan (2014-2017)
Massimiliano Allegri
Mauro Tassoti
Clarence Seedorf
Filippo Inzaghi
Sinisa Mihajlovic
Cristian Bocchi
Vincenzo Montella

Pachuca (2017/18)
Diego Alonso

Melbourne Victory (2018/19)
Kevin Muscat

Vitesse (novembro e dezembro de 2019)
Leonid Slutsky
Joseph Oosting

Botafogo (2020)
Alberto Valentim (40 dias)
Paulo Autuori (232 dias)
Bruno Lazaroni (27 dias)
Ramón Díaz (22 dias)
Eduardo Barroca (ainda será apresentado)

Fonte: ESPN Brasil

Comentários