A contratação de Alberto Valentim pelo Botafogo em outubro de 2019 junto ao Avaí custou caro. Conduzida pelo então vice-presidente de futebol Gustavo Noronha e pelo antigo gerente de futebol Anderson Barros, a negociação deixou altos custos para o clube.
Em entrevista ao canal do jornalista Venê Casagrande, o ex-presidente Carlos Augusto Montenegro revelou que houve até prêmio para o treinador por não ter sido rebaixado com o Botafogo.
– Tem coisas que pegamos de herança do início da gestão que a gente não estava, da parte do futebol. Se for olhar, algumas coisas tinham razão de ter sido feitas, mas não faríamos. Tipo um contrato de três anos com Cícero e contrato bem longo com o Carli. Quando tiraram o Valentim do Avaí fizeram contrato com multa de dez salários e gratificação de R$ 300 ou R$ 400 mil se não fosse rebaixado. Engraçado que não pensaram em Sul-Americana. Pegou na zona da Sul-Americana, terminou não rebaixado, mas fora da Sul-Americana. Sempre fomos gratos a ele, achamos que tinha uma chance de não pegar um time em fim de campeonato, podia começar a pré-temporada (em 2020), escolher elenco. Infelizmente, não foi bem. Cheguei a ver os treinamentos no Espírito Santo, mas não deu certo. E a torcida não gostava dele, tem uma influência grande. O pessoal se irritava mais com as explicações após os jogos. Até que chegou a um ponto de não poder ficar – explicou Montenegro.
– Tinha rescisão caríssima, chegamos a negociar, mas mesmo negociando ficou pesado. Vamos ter que resolver na Justiça. Esse negócio das gratificações e premiações a gente achou um pouco pesado – completou.
Alberto Valentim foi demitido pelo Botafogo em fevereiro e recentemente entrou na Justiça contra o clube, cobrando direitos de imagem atrasados. Paulo Autuori assumiu em seu lugar.