Vice de futebol explica montagem do elenco do Botafogo e mostra confiança: ‘Pode brigar na zona da Libertadores’

Marco Agostini, vice-presidente de futebol do Botafogo
Vitor Silva/Botafogo

Keisuke Honda, Salomon Kalou e atletas mais jovens. Marco Agostini, vice-presidente de futebol do Botafogo, explicou a filosofia de montagem do elenco do Glorioso para o Campeonato Brasileiro e o restante da Copa do Brasil.

Apesar das dificuldades financeiras e dos constantes salários atrasados de funcionários e jogadores, o Botafogo foi ao mercado e trouxe Honda, Kalou, Victor Luis e Rafael Forster, atletas mais experientes e, também, mais caros.

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– Vamos perder receita de bilheteria com os jogos sem público, e essa receita será substituída nas transmissões de pay per view. Você compraria um pacote para assistir um time que luta para não cair ou para assistir um time que disputa G-4? O que atrai mais o telespectador e o patrocinador? Se não tivermos um time atrativo e competitivo, não temos rentabilidade. Time bom atraindo mais investidor, expondo a marca, a tendência é ganhar mais receita – explicou Agostini ao Globoesporte.com.

Com uma boa mescla entre experiência e juventude, como o zagueiro Marcelo Benevenuto, o volante Caio Alexandre e o atacante Luis Henrique, o Botafogo pode fazer bonito no Campeonato Brasileiro e chegar até a zona de classificação para a Libertadores, acredita Agostini.

– Eu vou ser muito realista. Acho que o Botafogo pode chegar às fases finais da Copa do Brasil. No Brasileiro, a gente não sabe como as equipes vão voltar, é um ano muito atípico. Uma incógnita. Eu acredito, pelo elenco e pelo trabalho esplendoroso do Paulo, que a gente pode brigar na zona da Libertadores. Mas temos que entender que estamos num processo de evolução e, dependendo da resposta do elenco dentro de campo, temos que sonhar alto, com título. O Paulo vai colocar nesse elenco um alto grau de competitividade – disse.

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Confira outros trechos da entrevista com Agostini:

PANDEMIA

“Fomos prejudicados pela pandemia, antes o elenco estava recebendo em dia. A partir de março, o clube passou dificuldade e, mesmo assim, não reduzimos salários nem dos jogadores nem dos funcionários. Um exemplo: o jogo da estreia do Honda foi com portões fechados e a gente perdeu essa receita, teríamos pelo menos 30/40 mil torcedores no estádio.”

MONTAGEM DO ELENCO

“Houve uma análise do elenco, que foi totalmente reformulado de 2019 para 2020. Um elenco que teve um desempenho muito aquém do que a gente esperava, fora até da Sul-Americana. A gente pensou que seria necessária uma reformulação, por isso trouxemos uma quantidade expressiva de jogadores já para o Campeonato Carioca. O critério foi, além de reforçar, diminuir um pouco a média de idade. Esse primeiro semestre serviu para avaliarmos quais corresponderam ou não, com o objetivo de montar um time competitivo para o Campeonato Brasileiro.”

“Dentro dessa necessidade de reformulação, tivemos alguns erros, mas muitos atletas corresponderam. Alguns até do próprio clube, como o Caio Alexandre. A partir da chegada do Paulo Autuori, buscamos mais jogadores dentro do perfil dele. Ou com aval dele ou que já trabalharam com ele.”

“Esse elenco tem um valor de folha menor do que em 2019. E a gente entende que esse time pode ter mais capacidade de competição do que tinha o do ano passado. Pelos jogadores que vieram e que já mostraram serviço e pelas contratações que estamos fazendo. São jogadores que vão agregar e com expectativa de serem titulares do time. Com esses reforços, tentamos deixar o elenco mais equilibrado e com mais qualidade técnica.”

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FUTEBOL NA S/A

“No dia a dia não houve substituição, cada um foi absorvendo uma tarefa. Paulo Autuori e eu vamos participar da transição para a S/A com certeza, porque é importante fazer isso. Eu faço um pouco a ponte, o Paulo também ajuda na parte técnica, mas tem que focar nos treinamentos. Hoje, não tem nada pré-determinado ainda.”

Fonte: Redação FogãoNET e Globoesporte.com

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