O Palmeiras diminuiu a vantagem do Botafogo (67 a 69 pontos hoje) na liderança do Campeonato Brasileiro ao vencer o Bahia por 2 a 1 na Arena Fonte Nova e ver o rival empatar em 0 a 0 com o Atlético-MG, nesta quarta-feira. O técnico Abel Ferreira analisou o resultado da equipe e apontou o equilíbrio da competição.
– Hoje tínhamos não só o Bahia, que vinha de cinco jogos sem ganhar, a precisar de ganhar, com a mesma pressão que tem o Palmeiras, de ter que ganhar todos os jogos, porque não depende dele, com o calor do jogo, o gramado, na minha opinião, não é dos melhores. Tivemos equilíbrio, tivemos resiliência, que é a imagem de marca desta equipa, fomos capazes de lidar com todas as adversidades durante o jogo, e a verdade é que se houve jogos em que nós não tivemos tanta eficácia, e não foi um, nem dois, nem três, nem quatro, e houve jogos também em que nós devemos ser das equipes com mais gols anulados pelo VAR. A verdade é que hoje fomos extremamente eficazes, soubemos lidar e ser resilientes em momentos adversos do jogo, nomeadamente quando sofremos o gol. Nesta reta final o que conta para nós é ganhar, isso é o mais importante, sendo que, como vocês sabem, nós não dependemos de nós, nós estamos a fazer uma campanha melhor que o ano passado, mas como vocês sabem, o Botafogo está a fazer uma campanha brilhante, e nós temos que continuar a fazer o nosso – declarou.
O treinador considera que o Campeonato Brasileiro é um dos mais parelhos do mundo.
– Eu penso que nós não jogamos sozinhos. Vocês sabem que o nosso adversário também tem inspirações de poder entrar na Libertadores. E jogou com tudo, e jogou bem.
Obrigou-nos a defender, porque nós não jogámos sozinhos. E vocês sabem o quanto difícil é que jogar e competir no Brasil. E por falar nisso, eu lembro-me, ano passado, a esta rodada, eu até apontei, tínhamos a lutar pelo título. Palmeiras, Botafogo, Bragantino, Atlético, Flamengo e Grêmio. A quatro jornadas do fim, tínhamos seis equipas a lutar pelo título. Onde é que vocês veem isto? Onde é que vocês veem isto, noutro campeonato? Não veem em lado nenhum isto. Chegar a quatro jornadas do fim, ter seis, por muito que vocês gostem de dizer não, é o Palmeiras, o Flamengo, o Botafogo. Não, vocês veem que cada vez está mais difícil. Vocês veem as equipas a investir como nunca. E nós temos que acompanhar, sermos mais resilientes, não vivermos à sombra daquilo que nós já conquistamos, continuar com a nossa identidade, arranjar estratégias e manter este espírito. Como se fosse a primeira vez. Cada jogo é como se fosse a primeira vez – ponderou.
– E vir jogar aqui contra o Bahia, vocês sabem quão difícil é aqui. Quão difícil. E tivemos felicidade no jogo que também faz parte. Aquela que se calhar não tivemos, ou eficácia que não tivemos no último jogo, acabamos por ter nesta. Mas é verdade que hoje foi a vitória do suor. Foi a vitória da atitude, foi a vitória do espírito.
Às vezes é com a nota artística, mas nem sempre dá para ter nota artística. E quando não dá para ter nota artística, temos que ganhar. Porque, no final de contas, o que conta é ganhar. Ponto. Por muito que a gente queira aflorar, mas o que conta é ganhar. E nós hoje viemos aí com este propósito, é dar os parabéns aos nossos jogadores, porque de fato, foram bravos, lutaram, sofreram, aproveitaram o momento certo. Se formos um gol, mantemos o equilíbrio e temos a capacidade de ir atrás do gol – finalizou.