A Abrafut (Associação Brasileira dos Árbitros do Futebol) tomou uma medida sobre as péssimas arbitragens de seu quadro neste início de Brasileirão-2024. A solução encontrada pela entidade vai ser processar quem fizer insinuações ou acusações sem provas contra juízes.
– Vamos começar a partir para a parte cível. Porque a pessoa vai ter que provar o que está falando. A gente não quer mais que isso aconteça. Nós já vamos ao STJD, mas fazer mais – garantiu Marcelo Van Gasse, presidente da Abrafut, ao site “GE”.
Presidente da Comissão de Arbitragem da CBF, Wilson Luiz Seneme criticou o excesso de reclamações, embora tenha admitido que houve erros no último fim de semana.
– Estamos vendo uma estratégia de tentar transformar decisões de árbitros, que podem ser certas ou erradas, em situações de premeditação, em acusações de manipulação de resultados. Em 76 jogos neste fim de semana, identificamos cinco reclamações. Quando fomos avaliar, em só três havia razão para reclamar – alegou.
– O ambiente se contaminou. A arbitragem é boa, presta um bom serviço. Pode melhorar, é imperfeita, estamos trabalhando para isso. Quando um jogador perde um pênalti, não é culpa de todos os outros jogadores. Quando um árbitro erra, é como se todos errassem. O que a gente espera é que as pessoas tenham mais responsabilidade sobre o que falam – salientou Seneme.
No último sábado, o vice-presidente de futebol do Flamengo, Marcos Braz, afirmou, sem apresentar provas, que há interferência externa na sala do VAR por meio de telefones celulares.
Dono da SAF do Botafogo, John Textor, que já foi acionado pela Abrafut diversas vezes no STJD, fez denúncias de manipulação e corrupção na arbitragem, entregando evidências ao Ministério Público, à Polícia Civil e à CPI da Manipulação de Jogos e Apostas Esportivas no Senado.