Acionista da SAF do Botafogo, John Textor publicou nesta quinta-feira (7/12) em seu site oficial uma resposta pública à presidente do Palmeiras, Leila Pereira, que chamou a ida do clube alvinegro ao STJD e à Justiça apontando erros de arbitragem como “ridícula” e se referiu ao empresário norte-americano como “desequilibrado”.
No texto em inglês (veja abaixo, traduzido), Textor cita o fato de que o Palmeiras jogou 11 vezes com um jogador a mais em algum momento das partidas, enquanto os restantes dos clubes da Série A do Brasileirão-2023 atuaram assim em apenas três vezes, em média.
📄 Veja a resposta de John Textor para Leila Pereira:
Resposta pública aos comentários da presidente do Palmeiras:
Entendo que a Sra. Leila Pereira ficaria chateada com nosso processo na justiça. Ataques pessoais, entretanto, não ajudam ninguém, então não repetiria tal prática como resposta. Ela sempre foi gentil comigo e lamento que as graves circunstâncias de erro de arbitragem, e provável manipulação de jogo, posicionem o Botafogo como adverso aos seus interesses. Continuo comprometido em trabalhar com o Palmeiras, e com todos os clubes do Brasil, em apoio a uma nova liga que estabelecerá padrões apropriados de fair play para a nossa competição nacional.
Nunca sugeri que ela fosse pessoalmente responsável pelas ações curiosas e pelas forças externas que apoiam o sucesso de sua equipe. Ironicamente, como ela sugere que nossa investigação deve significar que estou “desequilibrado”, gostaria de lembrá-la que é um campo de jogo equilibrado e nivelado que esperamos alcançar… para o benefício de todos os clubes e para o benefício do Brasil.
Sobre o tema “equilíbrio”, é preciso observar que a sua equipe vive num mundo onde “11 x 10” representa “equilíbrio”. Seu time, o Palmeiras, se beneficiou da vantagem “11×10” 11 vezes durante a temporada de 2023, ano em que os times da Série A recebem esse benefício 3 vezes, em média. O Botafogo, que este ano enfrentou uma competição agressiva (encarando diversas ações violentas bem documentadas), em nenhum momento usufruiu do benefício do “11×10”. Essa estatística, é claro, não faz menção a pelo menos três cartões vermelhos claros que deveriam ter sido aplicados ao Palmeiras, conforme bem documentado nos autos de relatórios independentes da nossa ação no STJD. É sabido que outros clubes pensam da mesma forma, já que há muito se considerava que o Palmeiras (antes da minha chegada) se beneficiava da compaixão tendenciosa da proteção do árbitro.
Mais uma vez, as questões de preconceito, erro e manipulação têm sido um problema no futebol. No Brasileirão-2023, fornecemos evidências que mostram que o problema teve um efeito material no resultado da tabela do campeonato. A única diferença este ano é que a SAF Botafogo é a primeira a submeter, ao judiciário governante, análises avançadas e confirmação independentes de problemas que acreditamos que possam ser resolvidos no futuro… para o benefício de todos nós.
Senhora Leila Pereira… Parabéns pelo seu Brasileirão-2023.