Afonsinho vibra com títulos do Botafogo na Libertadores e no Brasileirão: ‘Foi um período intenso. Uma coroação’

Afonsinho vibra com títulos do Botafogo na Libertadores e no Brasileirão: ‘Foi um período intenso. Uma coroação’
Arthur Barreto/Botafogo

Ídolo do Botafogo, Afonsinho celebrou os títulos da Libertadores e do Campeonato Brasileiro, conquistados em 2024. Aos 77 anos, o craque se recupera de uma cirurgia no quadril realizada em novembro e assistiu às conquistas na Ilha de Paquetá, onde mora.

– Foi um período intenso. A intensidade é a palavra de ordem do momento, no futebol. E sobrou para a torcida também. Foi muita coisa acumulada em pouco tempo, da maneira como foram as várias partidas decisivas em um espaço de tempo curto. Principalmente a decisão da Libertadores, foi um teste cardíaco mesmo. E eu que não sou tão assim, quando chegou perto do final, dos últimos 15 minutos, falei: ‘opa, será que eu vou ter alguma coisa aqui, algum piripaque?’. Porque a coisa foi muito exigente. E as características também foram muito curiosas, quer dizer, tudo que o torcedor torcia aconteceu o contrário. Tinha um bom cenário, o Botafogo num bom momento e tal, melhor do que o Atlético, no caso, mas decidir em um jogo pode dar qualquer coisa. E aquela história da expulsão com menos de um minuto, quer dizer, aí como é que o torcedor se comporta? Pensa que vai ter que segurar até onde der e vai ter aquele desespero, o outro time vai pressionar, é muito tempo com um jogador a menos… E aí, quando você está esperando o time se defender, o primeiro tempo acaba com 2 a 0. Quer dizer, é difícil de explicar, não tem como, mas felizmente foi para o nosso lado – iniciou Afonsinho, à Rádio Tupi.

– Aí, começa o segundo tempo, a gente é que teria que se resguardar para evitar gols e tal, quer dizer, a torcida é qual? É evitar de tomar gol. Pois não é que dá a saída e tomamos o gol? Tudo ao contrário, até acabar. Mas, quando você também ficava torcendo para acabar o jogo com aquele resultado, não queria saber nem pensar em acabar daquele jeito. Aí, vai o Botafogo e ainda fecha com gol, como foi também o final do jogo com São Paulo, que é o da conquista do Brasileiro. O jogo estava meio chato, deixando o tempo correr, mas é muito melhor para o torcedor, que está ali vibrando, ganhar o jogo do que empatar e poder comemorar com a vitória. Então, foi uma coroação mesmo, tudo em sequência e relacionado, tudo da mesma maneira, foi muito bom – acrescentou.

O ex-jogador elogiou a atual equipe alvinegra.

– Eu vejo assim, o time está muito bem organizado em todos os sentidos. É muito bom ver o time e jogadores que se destacam. Todos, para chegar onde chegaram, têm qualidade e destaque. Alguns jogadores se destacam muito, como o (Alexander) Barboza. É um zagueiro com habilidade de meio-campo, de atacante. Joga onde estiver no campo, pode ser até na pequena área. É o que interessa sobretudo, a questão física e tudo. O Luiz Henrique é extraordinário. Acho importante você ter um jogador assim, que dribla, ter um jogador assim como o Garrincha, que é ofensivo, o cara que pega a bola e vai para cima. Porque é isso: se você dribla um ou dois, você praticamente equilibra a relação numérica, né? Senão, fica só naquele desenho tático previsto. É aí que o improviso, a criatividade acima de tudo, é o que mobiliza e emociona. Em última análise, é o que faz a paixão pelo esporte, no nosso caso, o futebol – completou.

Fonte: Redação FogãoNET e Rádio Tupi

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