Alexander Barboza não vê carga de treinos como problema no Botafogo: ‘Cada jogador é diferente. Uns mantêm intensidade muito alta, porque são fisicamente dotados. Sou um deles’

Alexander Barboza não vê carga de treinos como problema no Botafogo: ‘Cada jogador é diferente. Uns mantêm intensidade muito alta, porque são fisicamente dotados. Sou um deles’
Vítor Silva/Botafogo

Uma questão que foi levantada recentemente no Botafogo foi a carga de treinos, que, segundo a imprensa, estava elevada e poderia ser a causa de problemas físicos de jogadores no segundo semestre de 2025. Alexander Barboza tem uma opinião sobre o assunto. Para ele, o problema não é a intensidade das atividades.

O problema é que cada jogador é diferente. Às vezes tem cinco ou seis jogadores que conseguem manter uma intensidade muito alta o treino inteiro, porque são fisicamente dotados. Nada muda no corpo. Eu sou um deles (risos). Mentira. Por outro lado, têm jogadores que estão mais velhos e não vão poder treinar 100% toda vez. Você tem cinco ou seis jogadores. Que todo treino tem uma intensidade muito alta. Que fisicamente são dotados. E que não muda nada no seu corpo. Mas tudo isso é falado. Sei que eles diminuíram as cargas, mas o problema aqui é que se joga muito. Tem jogo a cada três ou quatro dias, então não dá para treinar. Quando jogamos a cada cinco ou seis dias, aí pode ser – explicou Barboza.

O defensor fez elogios ao técnico Davide Ancelotti.

Ele tem uma ideia e um plano de jogo muito claros, que, obviamente, tentamos levar ao campo. É fácil de interpretar, e acho que não tem coisa melhor que isso. O que acontece depois é do jogo, também temos um rival que tenta jogar contra nós. Mas é difícil. Na Libertadores (contra a LDU), ganhamos aqui. Fomos jogar na altitude, perdemos. Tínhamos um plano lá, mas deu errado na execução. Sabíamos o que tínhamos que fazer, mas se você erra um passe de três ou quatro metros, fica difícil. Isso já não é do técnico. Nós, jogadores, somos os responsáveis – afirmou.

Leia outras respostas de Alexander Barboza:

Quantidade de cartões

– Eu sou um cara que vai sempre para a frente. Não fico pensando se vou receber cartão ou não. Se dou um carrinho, é porque penso que vou chegar primeiro na jogada. Se a única coisa que quiserem reclamar de mim é que tomo muitos amarelos, acho que estou fazendo as coisas bem. Se reclamam que dou bote errado ou erro passes, que não tenho vontade, aí tenho que trabalhar mais. Mas eu sou zagueiro. Não vou deixar o atacante passar. Ou passa a bola ou o jogador. As duas coisas, nunca. Vão ter que se acostumar com isso.

– No treino eu sou igual. Não importa se é meu companheiro, se é meu amigo ou se é meu parceiro. Se eu tenho que dar bote nele para não passar na jogada ou não finalizar, vou dar. Não vou machucar, porque não sou assim. Mas eu treino 100% igual a como jogo. É a minha maneira de viver a vida. Então, acho que estou no caminho certo.

Falta de gols

– Eu sempre fui um cara que fez muitos gols durante a carreira. Batia pênaltis e faltas. E parece que esqueci de tudo isso no Botafogo. Não sei o que acontece. São muitas bolas na trave, perdi gols também… Mas vai chegar. Ano passado só fiz um, mas na semifinal da Libertadores contra o Peñarol. Tenho que trabalhar para voltar a ter confiança e começar a fazer mais gols.

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