Alfredo Sampaio, presidente da Fenapaf, resmunga contra aumento de limite de estrangeiros: ‘Brasil virou país de mão de obra barata’

Alfredo Sampaio, técnico do America e presidente do Sindicato dos Atletas
YouTube/Resenha com TF

Presidente da Federação Nacional dos Atletas Profissionais de Futebol (Fenapaf), Alfredo Sampaio não gostou da decisão da CBF e dos clubes da Série A de aumentarem de sete para noves jogadores estrangeiros permitidos por equipe no Campeonato Brasileiro. A decisão veio em reunião no Conselho Técnico.

Foi uma derrota para o futebol brasileiro. Dos atletas brasileiros. O mercado está sendo afetado. Temos 140 estrangeiros aqui dentro. São 140 brasileiros com potencial que estão perdendo espaço dentro do próprio país. Essa conta vai chegar lá na frente. A Itália fez semelhante e já demonstrou arrependimento, e a gente viu o que aconteceu – criticou Alfredo Sampaio, ao blog do Diogo Dantas, do jornal “O Globo”.

O dirigente alega que esse é um dos motivos da crise do futebol brasileiro, cada vez com resultados piores a nível mundial.

Perdemos nosso DNA. Os clubes só pensam no lado comercial. É o que interessa pra eles. Por que isso gera muita negociação. O futuro não importa. As pessoas que tomam decisão em nome do futebol estão de forma temporária. Hoje botam 9, amanhã 10, 11. E os jogadores brasileiros ficam com mercado reduzido. E a gente fica trabalhando para os europeus, para os empresários, o Brasil virou um país de mão de obra barata – reclamou.

Alfredo Sampaio foi “derrotado” também na tentativa de proibir os gramados sintéticos, medida que afetaria Botafogo, Athletico-PR e Palmeiras. Os clube optaram pela manutenção da grama artificial, com possibilidade de treino para visitantes na véspera dos jogos.

Fonte: Redação FogãoNET e blog do Diogo Dantas (O Globo)

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