Alvo do Botafogo, Davide Ancelotti disse em entrevista recente preferir ‘futebol vertical e ousado’ e contou planos de ser treinador

Davide Ancelotti, auxiliar técnico do Real Madrid
Reprodução/Marca

Perto de um acerto para se tornar técnico do Botafogo, Davide Ancelotti deu algumas pistas sobre suas preferências de futebol em entrevista recente concedida ao jornal espanhol “Marca”, no último dia 30 de junho. O italiano, filho de Carlo Ancelotti, falou da importância de se adaptar às diferentes situações do jogo, mas revelou o que gostaria de ver mais em sua equipe.

– Meu pai me ensinou a ser flexível, a me adaptar, a ter ideias e maneiras diferentes de vencer. É importante para um time saber administrar as diferentes fases do jogo. Dito isso, cada um tem suas preferências, e eu prefiro um estilo de futebol um pouco mais vertical, mais ousado. Mas se eu tivesse que resumir minha ideia de futebol, diria que o importante é saber fazer muitas coisas em um nível muito alto – afirmou Davide na ocasião.

– O time em melhor forma atualmente é o PSG, e eles sabem fazer muitas coisas: manter a bola, ser vertical, pressionar alto, defender dentro da área… Se você olhar para o desempenho deles contra o Liverpool nas oitavas de final [da Liga dos Campeões], eles mostraram grande habilidade defendendo em um bloco baixo. No futebol de hoje, você tem que saber fazer tudo. O que eu priorizo é que meus jogadores saibam fazer tudo e administrem da melhor maneira possível, de acordo com suas características – completou.

Na entrevista, que concedeu enquanto curtia férias, Davide Ancelotti contou também sobre os planos de ser treinador, deixando de ser auxiliar do pai. Ele inicialmente não faria parte da comissão técnica da Seleção Brasileira, mas acabou depois se juntando ao estafe da CBF.

– Minha ambição é treinar sozinho um dia. Isso é muito claro para mim, porque é meu objetivo de carreira. No final da temporada, meu pai me deu a oportunidade de continuar com ele na Seleção Brasileira, e pedi a ele um tempo para pensar e conversar com alguns clubes. Tive algumas oportunidades e, no final, sem entrar em detalhes das negociações, a melhor opção para mim foi aceitar o desafio de estar em uma Copa do Mundo, e fazê-lo com uma seleção que representa 200 milhões de pessoas. Então, sim, houve um momento de reflexão, mas depois de ponderar tudo, acho que ir à Copa do Mundo com o Brasil é a melhor decisão possível no momento – disse Davide no dia 30, abrindo a possibilidade de sair da Seleção antes do Mundial de 2026:

– No momento, não estou pensando em julho de 2026, estou focado no dia a dia. No dia em que uma oferta chegar, ela será avaliada e discutida. Não posso dizer o que farei daqui a um ano. Mas é verdade que, neste momento, estou muito, muito animado com o Brasil e com a CBF. Também é uma oportunidade rara de aprender um novo idioma e conhecer uma liga, jogadores e profissionais do mais alto nível.

Fonte: Redação FogãoNET, Marca e GE

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