Ana Thaís Matos critica mudanças constantes do Botafogo: ‘Não gosto desse modo videogame. Acaba sendo nocivo para o nosso futebol’

Ana Thaís Matos critica mudanças constantes do Botafogo: ‘Não gosto desse modo videogame. Acaba sendo nocivo para o nosso futebol’
Reprodução/SporTV

Ainda estamos em julho, mas muita coisa já aconteceu no Botafogo em 2025 depois da temporada histórica no ano passado. As muitas mudanças no comando técnico e no elenco renderam um alerta da comentarista Ana Thaís Matos, durante análise no programa “Seleção SporTV” nesta sexta-feira (11/7).

– Eu entendo esse pensamento de que o time é uma empresa, se não gostou manda embora. Não fica para sempre. Mas eu não gosto desse modo videogame: não gostei manda embora, jogou bem vende para outro time, já vem sabendo que vai passar seis meses e vai embora, como foi Almada e Jair. Acaba sendo nocivo até para o desenvolvimento do nosso futebol – opinou Ana Thaís, continuando:

– Para a gente, no cenário nacional, eu acho nocivo. Imagina para o clube, olhando para o aspecto individual. O futebol brasileiro permite que você faça quatro contratações e o time bata campeão. Mas, para o desenvolvimento anual do time, eu acho nocivo tratar um time de futebol como um time de videogame.

A comentarista recordou os problemas enfrentados pelo Botafogo principalmente no começo do ano, com mudanças continuando a ocorrer até os últimos dias.

– O Textor não quer jogar o Estadual, não quer que o time se desgaste no Estadual, beleza, OK. Demorou para decidir o que ia fazer do time no primeiro semestre e ali, nas vésperas de começar o Brasileiro, começou a acelerar, o time estava um pouco confuso, a gente não entendia muito o que ia acontecer… Aí começa o trabalho do Renato Paiva sob algumas desconfianças, mas como é que vai ser o Renato Paiva? É o Renato Paiva do Bahia? Enfim. Aí vai para o Mundial, faz uma boa apresentação, não faz uma boa apresentação contra o Palmeiras, ele manda o Renato Paiva embora, vende alguns jogadores, o que já era esperado, como é o caso do Jair e do Igor Jesus, mas também já trouxe outros novos também. Então, me preocupa um pouco essa instabilidade que vive o time na condição de trabalho do dia a dia – analisou Ana Thaís.

– Claro, chega no final do ano, com todos os títulos novamente, isso aqui vai tudo por água abaixo. Mas, nesse momento, eu não tiro muito o meu pensamento do que eu tinha em abril em relação ao Botafogo, quando o time estava ali e se perguntava qual vai ser o técnico, como é que vai ser o trabalho do novo treinador, como é que vai ser o novo time, como vai suprir as ausências do Luiz Henrique, do Almada… Quando você encontra o time, não está de acordo com a vontade do dono do time. Ele manda o treinador embora e agora vai num novo treinador, que não era treinador até a semana passada. Mesmo sabendo que o dinheiro resolve qualquer problema, como resolveu muitos problemas do Botafogo no ano passado, eu acho que não dá para cravar nada muito em relação ao Botafogo, mesmo com o dinheiro determinando as ações do clube nesse momento – encerrou a comentarista.

Depois de disputar a Copa do Mundo de Clubes, o Botafogo volta a campo neste sábado para enfrentar o Vasco, em Brasília, pelo Campeonato Brasileiro. Como o técnico Davide Ancelotti não teve seu nome publicado no BID da CBF, Cláudio Caçapa comandará a equipe na área técnica.

Fonte: Redação FogãoNET e SporTV

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