Zagueiro argentino, alto, bom no jogo aéreo, xerifão e de personalidade forte. A descrição pode servir para Alexander Barboza, mas também para o que foi Joel Carli como atleta do Botafogo. O hoje coordenador de futebol elogiou o defensor atual e admitiu que já ouviu comparações.
– Muito. Temos uma relação espetacular. Tenho uma relação muito boa com todos os atletas, com estrangeiros crio relação maior ainda, por estar mais perto, dar suporte e ajudar. Fazem essa comparação, falam muito, ele claramente é melhor que eu, mas admiro como vive cada momento, cada jogo, como já sofreu derrota e como vive cada vitória, o pré-jogo e o pós-jogo. Temos uma forma similar de sentir. É um atleta que representa com tanto amor, tanto sentimento, tanta raça, é admirável e representativo. Além de ter relação espetacular, tenho admiração como atleta, porque é um cara espetacular – destacou Joel Carli, à Botafogo TV.
– Não gosto de comparar, brinco com isso, mas são momentos diferentes. Destaco o que ele faz pelo clube, o que ajuda dentro e fora de campo. É um cara sensacional – acrescentou.
Na expectativa pela final da Libertadores, Joel Carli deu entrevista à Botafogo TV. Leia os principais trechos:
Expectativa para a decisão
– Realmente já está acontecendo comigo, o coração bate forte, a família está vindo do Rio, com meus pais, meu irmão, minha sobrinha, que vão vir da minha cidade para estar ali presente no jogo. Sem dúvida é um momento especial para todos nós, porque são muitos anos no clube, sentimos muito amor pelo Botafogo, eu e minha família. Ansiedade já está acontecendo, dormir mais tarde e acordar mais cedo. É muito mobilizador.
Libertadores de 2017
– Sem dúvidas foi um ano muito marcante para mim como atleta, por tudo que vivemos, por tudo que era nosso grupo. Desfrutamos do ano, da campanha que fizemos. Hoje em outra função estou desfrutando muito do presente. De fora é diferente, se vive de outra forma, o jogo é mais tenso. Quando você está dentro, focado no que acontece no jogo… De fora só resta ficar torcendo, mas estou desfrutando muito desse grande presente.
Buenos Aires alvinegra
– Tenho uma família amiga carioca que me manda vídeos o tempo todo, Buenos Aires está lotada de botafoguenses, fica mais linda ainda. Nunca tinha imaginado isso. Realmente é incrível, minha família está ansiosa por estar aqui.
Novo Botafogo
– Nossa família Botafogo está vivendo um grande momento. Uma comissão técnica extremamente capaz, a forma que tem de trabalhar, nossos auxiliares que dedicam 24 horas para atender, uma diretoria que quebra a cabeça o tempo todo para tomar as melhores decisões, o corporativo atento aos detalhes, nosso chefe máximo faz loucuras para estar perto de nós. Nosso clube vive um grande momento. O que mais destacamos é que, além de ter profissionais muito bons e preparados, temos amor próprio pela camisa, acho que é o que faz a diferença.
Confiança desde o sorteio da Pré
– Lembro desse dia que estávamos aí, avaliamos muito cada jogo, cada adversário, a fase de grupos que pegamos. Tem coisas que por momentos não dá para falar, mas eu estava muito tranquilo com o sorteio, porque sabia o momento do clube, o quanto se trabalhava, o quanto o elenco era capacitado para qualquer enfrentamento. Não podia falar por questão de profissionalismo, mas estava tranquilo, sabia que a equipe estava pronta para tudo.
Chegou a hora da volta por cima
– Sou um privilegiado por estar vivendo esse momento no clube. É super especial para mim. Outro dia estava em casa, já sabendo do planejamento de jogo com Palmeiras em SP e vir direto para cá, um amigo me manda uma música, mostrou para meu filho Valentín e perguntou se ele conhece. Realmente é uma música que é de arrepiar, pelo que viveu o Botafogo de anos difíceis dentro de campo, não era fácil. É um momento especial, muito marcante. A letra dessa música fala muito da nossa história, que não podemos deixar de falar, nos marca como resilientes, torcedores apaixonados, nem todo time vai trazer 50 mil torcedores para Buenos Aires. É um momento super especial, muito emotivo para nós que estamos há mais tempo no Botafogo. O mais engraçado é que o Valentín já sabia da música, tirou a camisa e começou a cantar. Estamos em uma disputa, vamos lutar até morrer, como diz a música.
