Lateral-esquerdo que jogou no Botafogo durante três temporadas, Gilson reencontra o clube nesta quinta-feira, atuando pelo Volta Redonda, no Estádio Raulino de Oliveira, pelo Campeonato Carioca. Ele retorna ao futebol após dois anos e um drama familiar.
Gilson perdeu a esposa Vânia por complicações relacionadas à Covid-19 e se afastou do futebol para ficar com os filhos Pedro Henrique (16 anos) e Giovana (14 anos).
– Infelizmente a minha esposa morreu em 2021, em decorrência da Covid-19. Nós estávamos juntos há 16 anos, foi um baque muito grande para mim, meus filhos e minha família. Nós temos um casal de filhos, foi muito difícil e por essa fatalidade tive que me afastar do futebol para cuidar dos meus filhos, até para tirar um tempo para mim. Fiquei muito desanimado, por esse tempo eu não queria saber de futebol, nem com os amigos eu fazia algo. Eu realmente senti muito essa perda – disse Gilson, à Rádio Tupi, antes de falar sobre a ideia de voltar a jogar
– No ano passado conversei com meus filhos, disse que tinha vontade de retornar para encerrar a carreira de uma maneira diferente. Eles me apoiaram muito e por isso resolvi voltar por eles também. Eu pretendo jogar um ou mais dois anos. Foi um momento difícil para mim e meus filhos. Agora estamos conseguindo levar, a saudade a gente sente todos os dias, sente a falta todos os dias, mas Deus sabe de todas as coisas, está no controle e eu tenho que me manter forte para cuidar dos nossos filhos – explicou.
Aos 36 anos, Gilson vai reencontrar o Botafogo nesta quinta-feira. Ele guarda boas lembranças do clube.
– Eu tive uma passagem de três temporadas, eu avalio como boa. Pela dificuldade que enfrentei, por não ser um atleta que agradava uma boa parte da torcida, mas sempre estive presente e fui muito utilizado por todos os treinadores que passaram, ganhei o Campeonato Carioca de 2018. Ficar em um clube da grandeza do Botafogo por três temporadas e ser utilizado com frequência é sinal de que o trabalho estava sendo bem feito. Apesar da contestação por parte do torcedor, que é normal, eu acredito que foi uma boa passagem sim – afirmou Gilson.
Ainda com contato com jogadores e funcionários do Botafogo, Gilson tem recordações específicas de 2017.
– Apesar de 2017 ser um ano que não conquistamos um título, nós despertamos esperança no torcedor do Botafogo. Eu sempre lembro e acredito que a maioria dos torcedores também lembram que eu sofri um pênalti do Edilson e o árbitro não marcou. Se tivesse o VAR naquela época teria sido marcado e o resultado poderia ter sido diferente. Foi um ano incrível e o torcedor estava bastante mobilizado, todos os nossos jogos com o Nilton Santos lotado. Eu carrego sempre isso na minha lembrança e fico muito feliz de ter feito parte daquele grupo – encerrou.