A entrevista de John Textor veiculada pelo jornal “O Globo” em que diz ter provas de corrupção na arbitragem brasileira gerou reações duras de ANAF (Associação Nacional dos Árbitros de Futebol) e da Abrafut (Associação de Árbitros de Futebol do Brasil) nesta sexta-feira. O comentarista Carlos Eduardo Lino, no entanto, chamou atenção para que as entidades ajudem na questão, e não tentem inflamar o debate ainda mais.
– John Textor pode estar fazendo um bem imenso para o futebol brasileiro. Quero que ele coloque essas coisas na mesa. Nunca vejo isso como uma coisa ruim, pelo contrário, acho que é bom. A arbitragem não pode se ofender por se ofender. Ela pode entender que há corrupção na arbitragem assim como em outros setores da sociedade. Ela tem que ser aliada quem quer denunciar, e não sair atacando o Textor já de cara. Tomara que ele faça essa denúncia e que ela seja clara e visível – disse Lino durante o “Seleção SporTV”.
O comentarista, por outro lado, acredita que John Textor foi irresponsável ao dar a entrevista sem ter ainda apresentado provas concretas à sociedade. O áudio em questão deve ser entregue à Justiça e ao STJD.
– Tomara que ele tenha isso, se for realmente verdade, que apresente publicamente, porque só vai fazer bem à nossa sociedade. Acho irresponsável lançar o assunto antes de qualquer coisa, acusar pessoas antes de ter as provas. Depois que tiver as provas, conseguimos aprofundar essa questão. No momento, só ele está sendo julgado – afirmou Lino.