O ex-árbitro Glauber do Amaral Cunha, apontado como sujeito de um áudio entregue por John Textor em que aparece reclamando de não ter recebido propinas prometidas para manipular um jogo, ficou em silêncio em depoimento à CPI da Manipulação de Jogos e Apostas Esportivas nesta segunda-feira (13/5), informa “O Globo”.
O depoimento aconteceu em sessão secreta, com a presença dos senadores Romário (PL-RJ), Jorge Kajuru (PSB-GO), Eduardo Girão (Novo-CE) e Carlos Portinho (PL-RJ). Com o silêncio, a CPI vai pedir a quebra dos sigilos telefônico e bancário de Glauber.
“Eu apitei, pô. Apitei. Entendeu? Deixei de ganhar muito dinheiro também. Mas o que eu podia fazer, eu fiz. Não é fazer loucura, igual eu não fiz. O cavalo passou selado e eu montei nele. Aos 16 minutos eu dei um pênalti “pros” caras. Entendeu? Aquele pênalti 50%? Eu dei, pô. Os caras, porra, bateram o pênalti na trave. E depois eu fiquei dando tudo para os caras. O pênalti que eu dei foi de agarra agarra dentro da área. Depois ninguém se agarrou mais, não teve mais como. E a bola não quis entrar. Dei oito minutos de acréscimo no segundo tempo”, diz a gravação entregue por Textor.
Glauber do Amaral Cunha é natural de São Gonçalo e deixou de apitar jogos em 2023 após ser reprovado nos testes físicos e técnicos da Ferj. Nos registros do site “O Gol”, ele tem apenas cinco jogos apitados na carreira, sendo um pelo Campeonato Carioca Feminino de 2018, um pelo Carioca Sub-20 em 2021, um pela Série C do Carioca de 2022 (quinta divisão) e dois pela Série B2 do Estadual (quarta divisão) de 2022.