Técnico do Al-Rayyan, Artur Jorge admitiu interesse em levar jogadores do Botafogo para o clube do Catar. Recentemente, a nova equipe do treinador português tentou contratar Gregore, com uma proposta de US$ 2,5 milhões (aproximadamente R$ 15 milhões), mas o Glorioso rechaçou liberar o volante para o Oriente Médio.
– Nesta altura temos a intenção de poder fazer algumas alterações aqui na própria equipe, tendo em conta aquilo que são os jogadores estrangeiros que cá estão. Os jogadores de Botafogo são todos, para mim, muito alvos, porque são jogadores que eu adoro. Eu sou apaixonado pelos jogadores do Botafogo e por aquilo que nós conquistámos juntos e conheço-os muito bem, todos eles, naquilo que é o seu valor futebolístico, mas também o seu valor de caráter – disse Artur ao canal catari “Alkass“.
Artur Jorge pontuou que o limite de estrangeiros na liga do Catar pode ser um impeditivo agora, mas deixou claro que, pelo menos para a próxima temporada por lá, que começa em agosto, o Al-Rayyan vai buscar sim atletas do Botafogo, comandados pelo português na histórica temporada de 2024.
– São sempre muito apetecíveis, mas não estamos nesta altura em condições de afirmar ou de garantir, porque temos um leque de jogadores, em que, como você sabe, nós só temos cinco vagas para estrangeiros, portanto é muito curto. Estamos tentando poder ser muito criteriosos na escolha e na seleção, para percebermos o que é que nós conseguimos, neste período de tempo, acrescentar à equipe, ou se o vamos fazer ou não. Tudo depende, mas, seguramente, que seja este mercado ou o próximo mercado da final da temporada, teremos, então, aí sim mais opções, mais oportunidades e, quem sabe, podemos trazer os jogadores que conhecemos e que queremos muito – completou.
Na entrevista concedida à “Alkass”, Artur Jorge também falou dos desafios no Catar e os objetivos traçados para o Al-Rayyan. Confira as respostas:
LIGA DO CATAR
“Já acompanhei alguns treinadores que aqui passaram, alguns jogadores, inclusive, são meus amigos, e tivemos esse contato para falarmos um bocadinho sobre aquilo que é a Liga do Catar. A Liga do Catar tem um trabalho a fazer, que é um trabalho de crescimento, de potenciação daquilo que são as suas equipes, seus jogadores, seus jogadores locais sobretudo, para que possam ter, de fato, uma liga competitiva, uma liga em que possa existir qualidade, sendo que essa qualidade, existindo em termos daquilo que é o seu campeonato, vai fazer também com que possamos ter uma seleção do Catar mais forte ainda também. E isso faz com que o trabalho que nós, quando somos convidados e também desafiados a ter neste campeonato, nos obrigue também a pensar naquilo que é o nosso clube, nos obrigue naquilo que é a conquista de títulos para a nossa equipe, mas também de podermos acrescentar valor àquilo que é a própria Liga. Portanto, eu venho também com essa missão, com esse desafio, de saber que quero fazer com que o futebol no Catar possa evoluir também para patamares mais altos e fazer com que possa ser mais forte, porque é um processo de crescimento e que vai demorar alguns anos ainda, mas que tem, seguramente, também condições para crescer.”
MUDANÇA BRASIL-CATAR
“Eu vinha preparado para essa mudança. Nós sabemos que culturalmente há uma diferença enormíssima. Sabemos também que, em termos daquilo que são infraestruturas, aquilo que é a realidade com que nós aqui vivemos, e o contexto é muito diferente, mas a verdade é que, sim, nós temos tido, inclusive, nós temos um grupo de… A minha equipa técnica somos cinco portugueses. Temos também aqui mais três brasileiros já trabalhar dentro do clube que já aqui estavam. Portanto, há esta diversidade de nacionalidades, que faz com que o país seja um país também acolhedor, que acrescente valor através de pessoas e de profissionais que vêm de fora. No fundo todos com o mesmo propósito, de fazer um bom trabalho e um trabalho que possa ser de acrescentar valor a uma liga. Portanto, procuramos, dessa forma, minimizar aquilo que é o impacto, mas é culturalmente um país também que me agrada muito e que tem, com toda a certeza, aspectos fascinantes para que nós possamos conhecer à medida que o tempo vai passando.”
OBJETIVO NO AL-RAYYAN
“Quero ganhar um título este ano pelo Al-Rayyan. E tenho desafiado os jogadores para que possa ser esse o nosso grande objetivo. Obviamente que nós queremos também, em termos de liga, estamos longe para aquilo que seria expectável o que nós queríamos estar. Mas nós temos que tentar, com estes dez últimos jogos que faltam, procurar chegar aos lugares de Champions League. Ou seja, nós temos que tentar chegar até ao top 3 da classificação. É extremamente difícil, nós sabemos, mas temos que ter metas altas para que possamos ser ambiciosos e termos desafios que nos levem todos os dias a querer dar mais e mais. Nós queremos procurar ganhar um troféu este ano pelo Al-Rayyan. É importante que o clube possa crescer, que possa ter a sua sustentabilidade. Assim tem conquistas, tem títulos, e nós vamos tentar fazer com que possa ser possível também, dentro daquilo que são as dificuldades que temos, nós temos que melhorar muito, acrescentar qualidade na equipa, exigir mais destes jogadores, fazer com que estes jogadores possam render mais ainda, que possam crescer, evoluir e potenciarem-se a si próprios. Mas, de fato, neste momento e com aquilo que nós temos, é procurar fazer com que esta equipa possa ter a ambição de conquistar um título ainda nesta época.”