De reserva pouco utilizado em 2023 a titular incontestável em 2024, Bastos teve de superar desconfiança e encontrar motivação interna para dar a volta por cima no Botafogo. Um dos grandes responsáveis pela evolução do zagueiro angolano foi o técnico Artur Jorge, que apostou nele.
– Não gosto de falar individualmente de atletas, não há ninguém acima do que é o coletivo, a equipe. É um princípio muito bem determinado e conversado com os atletas. Mas entendo a questão e vou responder. O Bastos é um zagueiro que eu já conhecia da Europa, tinha uma trajetória interessante. Quando cheguei, o senti completamente desmotivado e desanimado. Como pessoa, acima do que é o atleta, é sensível, tímido e estava muito perdido inclusive até sobre sua real capacidade – lembrou.
– Entre algumas conversas, mas não só conversa, ele foi evoluindo e ganhando seu espaço. Estávamos jogando com Lucas (Halter) e (Alexander) Barboza, nos treinos fomos ganhando competitividade e aumentando o nível dos titulares e de quem não estava jogando. Bastos foi assim, é um dos responsáveis pelo bom desempenho defensivo, agarrou a oportunidade de maneira brilhante, tem mantido regularidade, sido estável e equilibrado. Tem justificado minha aposta, que acima de tudo é por mérito dele como competidor. Precisava despertar, ter um clique, para ter sua real capacidade – finalizou.
Bastos marcou o gol da vitória do Botafogo sobre o Fluminense na última terça-feira, pelo Campeonato Brasileiro.