Técnico do Botafogo, Artur Jorge concedeu entrevista coletiva nesta segunda-feira (25/11), no Estádio Nilton Santos, na semana de jogos decisivos contra Palmeiras e Atlético-MG, pelo Brasileirão e Libertadores, respectivamente. O português garantiu estabilidade emocional do time nesta reta final da temporada 2024 e fez duras críticas ao goleiro atleticano Everson, além de alfinetadas aos atacantes Hulk e Deyverson.
– Falo muito mais daquilo que é comportamento, e falo muito bem, e temos aqui mais um link para poder falar exatamente sobre esse comportamento. Nós temos para cá quatro finais, nesta altura, para disputar, as quatro finais que nós sabemos que são importantíssimas para todos nós. Esta primeira, por ter um caráter daquilo que é, nós, se nós repararmos, nós já fomos em relação ao Palmeiras, nós já fomos campeões este ano, nós já deixámos de ser campeões, nós já fomos favoritos, nós já deixámos de ser favoritos, nós já tivemos tudo. E isto nunca pensado e falado por nós. Ou seja, veio sempre de fora da informação e veio sempre de fora daquilo que era o julgamento sobre esta equipe. E esta equipe tem se mantido sempre muito estável, muito estável, emocionalmente, daquilo que é o seu comportamento. Se, nesta altura, e porque tivemos três empates que nos fizeram deixar com que o adversário se aproximasse, ótimo também. Nesta altura já acabou também o fantasma do ano, que o adversário se aproxima, que vem atrás, já ninguém vai atrás de ninguém. Nesta altura, estamos iguais para disputar um jogo, que fará diferença em relação àquilo que possa ser a decisão de um título – afirmou o treinador, antes de criticar a postura do Atlético-MG.
– Sobre o Atlético, volto a dizer a mesma coisa também daquilo que falei sobre o Palmeiras. Um Atlético que está e que teve um jogo, dependendo daquilo que foi o desempenho e o contexto que nós tivemos. Foi um jogo que, para nós, sobrou pouco impacto. Para nós, sobrou pouco. Mas a relação que nós tivemos e naquilo que é nós podermos olhar exatamente para um adversário destes, eu posso dizer exatamente também o mesmo, dentro daquilo que eu tenho dito, de ter estado calado a ouvir e a apreciar, a poder ver aquilo que era à nossa volta. Nós tivemos um goleiro, no Atlético Mineiro, que no final, foi falar sobre aquilo que é a equipe do Botafogo, que cria confusão. Eu vou lhe responder dizendo que é inadmissível que um jogador, terminado o jogo que foi a primeira metade, tenha jogado a bola na cara do Tiquinho. Isso é fazer confusão. Tudo aquilo que ele fez durante o jogo, aquilo que ele teve sempre de comportamento, é criar e estar à espera de confusão. O Hulk no final falou sobre um jogador meu, o Hulk que eu tenho muito respeito, mas que preocupou-se com aquilo que foram as palavras de um jogador por ter dito alguma coisa a um adversário ou a uma companhia dele. Eu provavelmente falava sobre isso com mais preocupação olhando para dentro, porque acho que é de pior tom quando nós pegamos um jogador da própria equipe e deseja que o rival seja campeão (Deyverson). E esse rival que jogou no Palmeiras também e que deseja o Palmeiras ser campeão. Foi essa a sua manifestação no final do jogo com o Botafogo. Não estava mais ninguém em campo.
– Estava o Atlético Mineiro e estava o Botafogo. E parece muito pequeno quando nós temos esta dimensão. O Atlético Mineiro foi campeão brasileiro há três anos. Quando se permite que hajam jogadores dentro do próprio elenco, que estejam a lutar pela equipa e que possam desejar que outros sejam campeões, ao Brasil já era. Então, moralmente, para mim, não têm algumas lições morais. Nem para mim, nem para os meus jogadores. Moralmente, olhem para dentro e tenham atenção exatamente a isso, que me parece bem mais grave do que aquilo que seja outro capítulo, qualquer que seja. Me parece muito mais grave quando olhamos para dentro e vemos comportamentos desses, de ter um jogador de uma equipe que joga contra essa equipe, que jogou contra essa equipe, apreciem se os jogadores ganham mal. Apreciem. E que depois deseja que essa equipe possa ser campeã. Se calhar, isso para dentro tem mais lição de moral do que provavelmente falar dos rivais que nós estamos a falar de nós próprios – completou.