Comparado a Jorge Jesus pelo comentarista Carlos Eduardo Éboli, no podcast “Conta & Manda”, Artur Jorge descartou qualquer paralelo com o ex-técnico do Flamengo. O hoje treinador do Al-Rayyan preferiu destacar sua identificação com a torcida do Botafogo.
– O primeiro a acrescentar é que eu quero ser só o AJ da torcida do Botafogo, eu não tenho por vontade nem ambição ser comparado com ninguém. Eu sei o trabalho que fiz e sei também o carinho que essa torcida do Botafogo tem por mim e que é um carinho que eu sinto muito por eles também, porque sempre fui muito bem tratado, sempre fui muito acarinhado, sempre senti um apoio importantíssimo. Eu tenho memórias de jogos no Nilton Santos, tenho memórias de jogos fora onde nós fomos engolidos pela nossa torcida, e isso é uma coisa que antes do jogo, não sei se íamos ganhar ou não, antes do jogo nós já tínhamos esses momentos e isso dá-nos uma energia diferente, quase que uma energia que eu digo que é o primeiro impacto para se ganhar os jogos. Isso é uma coisa para mim muito importante, eu ser para a torcida do Botafogo importante e ser apenas e só o Artur Jorge, que eu quero que fique para eles memorizado, é para mim o ponto mais sólido de tudo isso – declarou Artur Jorge.
O ex-técnico do Botafogo descartou que Jorge Jesus – com o qual disse não ter nenhuma relação – tenha aberto caminho para os treinadores portugueses.
– Para mim, José Mourinho representa aquilo que é a abertura de portas para os técnicos portugueses. Em todo lado, para mim é global, eu não posso falar daquilo que é a abertura para o Portugal, porque nós temos o Abel Ferreira, que se nós quisermos é de fato o treinador português que mais no Brasil venceu. O mais longevo, o que tem trabalho mais longo. É o ganhador do Campeonato Brasileiro e das competições internacionais enquanto português. Portanto, eu acho que esta é pôr um bocadinho as coisas nos seus devidos lugares. Para mim, e estou-lhe a dizer só para mim, atenção, sem qualquer outro tipo, para mim José Mourinho é aquilo que é a abertura para o mundo do técnico português e se quisermos o Abel para aquilo que é o Campeonato Brasileiro. São duas referências daquilo que são aberturas de mercado, sendo que um é mais global e o outro é mais específico, mas é um específico em um contexto muito diferente e onde já ganhou muito e mostrou muito aquilo que é a sua competência, que é o caso do Abel e o caso do Mourinho fora – argumentou.
