Campeão da Libertadores, Artur Jorge deu entrevista ao lado de Alexander Barboza após a vitória por 3 a 1 sobre o Atlético-MG, neste sábado, em Buenos Aires. O treinador dedicou o título a “todos que amam” o Glorioso e enalteceu seu elenco.
– Era o jogo mais importante da minha carreira, foi a vitória mais importante e mais saborosa da minha carreira.
Leia abaixo os principais pontos:
Pergunta sobre Alexander Barboza e Thiago Almada, argentinos campeões
– É uma equipe carregada de ambição, são dois bons exemplos da qualidade do futebolista argentino, foram justamente coroados na sua terra natal. Fico feliz por eles porque não quero imaginar a alegria de estarem no seu país e poderem conquistar esse titulo. Barboza trouxe três ônibus de família. Todos ficaram satisfeitos de vê-lo ganhar um troféu coletivo e outro individual, sinal da qualidade individual, de muito trabalho para ganhar o que ganharam.
Dedicatória
– É justo podermos entregar este título e este feito a todos que amam verdadeiramente o Botafogo. Este é um ano que nos faz ver quase que a história do filho bonito, em que todos querem ser o pai. Temos que fazer este feito ser compartilhado com muita gente, com todos que fizeram esse título ser possível. Quero partilhar com todos que têm essa paixão. Não é um título individual ou ego, é paixão pelo que fazemos enquanto equipe, é o que nos faz vencer esse jogo. Não me recordo nada parecido de equipe a disputar final como essa, com mais de 90 minutos com menos um jogador, e ter postura competitiva como tiveram. Enquanto treinador, é muito gratificante ver a segurança que passaram. Tivemos serenidade de estabilizar a equipe. É difícil perder jogador, ficamos preocupados, mas essa equipe nunca me falha. Hoje, mais que não me falhar, era não falhar a eles próprios. Puderam superar ainda mais cada um deles para que a diferença do colega não se faltasse. Construíram 3 a 1, não foi 1 a 0. Não havia como não ganhar com uma equipe com jogadores desses, são campeões até sem títulos, hoje são coroados justamente.
Importância do título para ele na história do Botafogo
– Nunca fui de individualizar, nunca fui de nada sozinho, o que me move são títulos coletivos. Não tenho pretensão de ser melhor ou pior treinador, o importante é o título que aqui está, será hoje, amanhã, no futuro. Meu objetivo sempre será conquistar títulos ao lado dos jogadores. Estou feliz porque ajudei, contribuí com minha melhor parte, para que pudessem fazer jogo dessa dimensão, épico.
– Vamos viver de forma muito tranquila, muito serena, para desfrutar do que conseguimos fazer. Por mérito nosso, estamos nesse Super Mundial de clubes, é mais um passo na história do Botafogo, mas é algo que vai chegar a seu tempo. Até lá temos que ganhar Internacional e São Paulo. Hoje vamos comemorar, mas quero saber que amanhã vamos fazer viagem para o Rio e mudar o clique para jogos contra Inter e São Paulo.
Elogios aos jogadores
– É porque eu gosto muito deles, me vejo totalmente naquilo que dizem. Fico sempre rendido nos discursos. Não trazemos conversas para sermos simpáticos para a imprensa, trazemos o que é genuíno, verdade, só conseguimos com grupo sincero no trabalho, para ganhar o maior número de jogos possíveis. Lutamos e trabalhamos para isso. Vejo-me em todas as palavras que dizem, é o que nos comprometemos no dia a dia do trabalho.
Reação na hora da expulsão de Gregore
– Naquele preciso momento temos prevenção para alteração, o que pensamos para aquele momento, mas percebemos que poderíamos com os jogadores que tínhamos em campo, não abdicar deles, pois poderiam fazer diferença para ganhar. Para defender e levar para os pênaltis, poderia fazer outra coisa, colocar o Danilo (Barbosa). Ajustamos o posicionamento do Marlon, do Savarino e do Thiago (Almada), para ver como a equipe se comportava. Danilo de fato era uma opção, mas a equipe foi respondendo, percebemos que não precisaríamos tirar os homens que fariam diferença para ganharmos o jogo. Dentro do plano, era ajustar a equipe para defender bem e atacar bem, por menos tempo, com menos bola, mas conseguimos fazer.
