O Botafogo disputa a partir de domingo o primeiro Super Mundial de Clubes da Fifa, nos Estados Unidos. A vaga veio com o título da Libertadores, quando o técnico era comandado por Artur Jorge, que deu seu palpites sobre a nova competição e sobre os brasileiros.
– Olha, não gosto muito de previsões, até porque acho que as equipes brasileiras têm uma vantagem que é a de poderem ter nesta altura o seu processo de competição a decorrer e estarem num processo de curva ascendente, na minha opinião. Os clubes europeus estão exatamente do inverso. Estão numa curva descendente, fim de época, terminaram, acabaram,etc. Eu acho que o Botafogo tem uma tarefa muito difícil face ao grupo que tem, a questão do Paris e do Atlético, é muito difícil. Acredito sinceramente que o Palmeiras e o Flamengo são capazes e possíveis de ultrapassar dentro do seu grupo que têm. O Fluminense depende um bocadinho daquilo que possa ser a sua apresentação de performance, se diferente ou não daquilo que tem sido no Campeonato Brasileiro. É, portanto, resumidamente é um bocado isto, mas com esta variável de ter umas equipes que estão num processo diferente – frisou Artur Jorge, ao podcast “Conta & Manda”.
O treinador do Al-Rayyan acredita que o PSG pode não estar totalmente mobilizado para a competição.
– Eu acho que sim, até porque o contexto é diferente. Acabou a temporada deles. A competição parou. Vão agora fazer a viagem. E que eu acredito também que, é a minha opinião só, a abordagem do PSG para este Mundial vai ser de, pelo menos na fase de grupos, de pouco interesse. Minha opinião só. Para mim. Eu acho que será mais fácil o Botafogo passar junto com o Atlético de Madrid do que com o PSG – apontou o técnico.
– Eu acho que tudo depende do nível em que estejas a competir. E o nível em que o PSG está a competir é muito alto e pode de fato acontecer isso (desmobilizar). Até porque eles estão todos nas seleções. Todo o elenco do PSG, à exceção dos miúdos que lá estão, que são talentosos, muito bons, todo elenco do PSG esteve agora envolvido em seleções. Então, ao nível em que jogas aí, acho que é o momento em que eles podem dizer assim (valorizar menos) para esta competição. E, por isso eu digo, será mais fácil para mim o Botafogo passar junto com o Atlético do que passar com o PSG e ficar o Atlético para trás – resumiu.
Artur Jorge não esconde que gostaria de estar disputando o torneio.
– É uma das coisas que mais me custou perder na minha saída do Botafogo. É exatamente este Mundial. Por razões óbvias, porque eu gostaria muito de participar nele e foi uma das coisas que mais me doeu. Na minha cabeça, o que mais teve peso foi este Mundial, sempre. Sempre. Portanto, eu digo e sou um defensor deste Mundial, por isso, por trazer a competição de realidades e contextos todos eles muito diferentes – concluiu.