Mais do que a pressão por disputar uma Copa Intercontinental, a alegria de desfrutar de uma competição tão importante. É com este pensamento que Artur Jorge comanda o Botafogo, que enfrenta o Pachuca (MEX), nesta quarta-feira, pelas quartas de final.
– Nós estamos muito, muito orgulhosos, por fazer parte dessa essa condição. Eu deixei muito claro nisso. Nós estamos muito satisfeitos, porque só chega aqui quem de fato é melhor que os outros. Nós fomos melhores que todos os outros. Estamos por mérito próprio, estamos cá com uma grande satisfação de competir e fazer parte deste evento. O meu conselho para os jogadores tem sido que nós possamos festejar, festejar muito, mas festejar dentro do campo, onde eles são mais felizes, onde eles gostam de estar, onde eles se sentem mais confortáveis. Acho que é o que podem ter para festejar aquilo que fizeram, aquilo que conquistaram até hoje, para poderem, dentro do campo, mostrar toda esta alegria, que com certeza está dentro de todos nós. Portanto, se cada um de nós trouxer essa alegria, para cá, para fora e dentro do campo, for capaz de fazer com que essa alegria seja potencializar aquilo que é o seu lado competitivo, não há forma nenhuma melhor de festejar do que estar dentro do campo e jogar jogos. Isso é uma atitude, um comportamento de campeão. E eles são campeões – destacou Artur Jorge.
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Confronto com Pachuca
– O contexto não é exatamente igual, uma equipe uma semana em Doha e outra que terminou a sua competição há alguns dias. Mas, para mim, não é importante estarmos a referir aquilo que é a igualdade de contextos. Para nós, o importante é eu deixar claro aqui aquilo o que é a nossa posição em relação a tudo isto, perceber aquilo que é a nossa realidade, mas nunca deixando aquilo que é também poder ter a ambição, ter a determinação. Porque já o disse também, na minha primeira intervenção, dizia-lhe que íamos cá para ganhar. E aquilo que nós podemos fazê-lo é de forma a poder amanhã ultrapassar esta primeira etapa. Sabendo que dentro de tudo aquilo que é dificuldade, temos também esta dificuldade de ter muito pouco tempo e ter uma viagem extremamente longa para todos nós. Mas sem nunca fugir à responsabilidade daquilo que é este Botafogo. Este Botafogo é só campeão brasileiro, é vencedor da Libertadores. E, portanto, é uma equipe que tem também naturais ambições para poder fazer aqui uma boa competição. Portanto, essa é a nossa mentalidade e a nossa forma de estar. Não fugiremos de forma nenhuma daquilo que é a nossa abordagem em todo o jogo. E iremos ser uma equipa competitiva para conseguir vencer este adversário.
Observação do adversário
– Nós tivemos a oportunidade de acompanhar aquilo que é a evolução desta equipe. Tivemos a oportunidade, inclusive, também de ver alguns jogos particulares que fizeram, entretanto, desde o final da competição até esta altura. Para podermos ter uma ideia base sobre aquilo que é o adversário. Mas há uma coisa fundamental também que eu quero destacar cá. É que a nós é importante conhecermos aquilo que é o nosso rival. Nós temos que conhecer aquilo que é a equipe contrária. E temos feito de uma forma muito capaz daquilo que é o conhecimento. Mas há uma questão, para mim, importantíssima que é nós podermos olhar para dentro daquilo que nós temos que fazer. E isto, para mim, é o fundamental. É nós sabermos aquilo que temos que fazer no campo. Aquilo que a equipe tem necessariamente de fazer para conseguir ser superior ao adversário. Porque tem alguns contextos diferentes, de bolas paradas, uma forma de jogar, também, que cria algumas dificuldades na forma como é, e é competente naquilo que é a sua circulação de bola. É uma equipe que tem mais alguma desorganização defensiva naquilo que procurar encurtamentos no seu adversário. Portanto, temos aqui alguns aspectos que para nós são fundamentais. E que nós iremos partilhar com a equipe, também. Como eu disse, durante este dia passado, nada fizemos. Podemos ter a oportunidade, como hoje fizemos no treino, de ter alguma parte mais estratégica para que amanhã possamos complementar e dessa forma todos os jogadores ficarem identificados com aquilo que é o adversário. Mas, para mim, o fundamental é podermos estarmos muito identificados com aquilo que nós temos que fazer, com aquilo que nós fazemos diariamente em cada um dos jogos. Para conseguirmos ter amanhã uma ideia e uma diretriz muito igual àquilo que costumam ser este Botafogo.
Força do elenco
– Nós estamos num momento que tem sido materializado com aquilo que foi as conquistas da Taça Libertadores e do Campeonato Brasileiro. É um momento que se arrasta há alguns meses, tendo em conta que principalmente o Brasileirão é uma competição que se ganha por consistência. É uma sequência longa de jogos onde nós temos que ser competentes durante muitas partidas para chegar a esse momento. A Libertadores também, face aquilo que é dificuldade para as equipes envolvidas. E estamos num bom momento sim, porque temos sido uma equipe que tem sido capaz de ganhar. É uma equipe que tem sido campeã. Uma equipe que, não me canso de dizer, tem para além daquilo que é um grupo de jogadores, um grupo de homens. Homens muito comprometidos com aquilo que é a missão e a causa do Botafogo. Acredito que talvez tenha sido esse o grande segredo para o sucesso desta temporada. Acredito muito naquilo que eles fazem, naquilo que eles trabalham, naquilo que eles desempenham, naquilo que eles se dedicam. É, para mim, fundamental para que depois possa ser e termos a parte mais fácil de jogar com eles. Desde sempre mostraram competências individuais, o que acaba por fazer com que esta equipe seja, de fato, muito forte, difícil de bater e difícil também de superar em termos de objetivos. E um objetivo é exatamente esse. Podemos não estar, ou tentar, estar nesta final desta competição. Para isso, nós sabemos que temos ainda um adversário para passar, mas vamos tentar com que cada uma das etapas tenha a sua valorização. E dentro dessa valorização, sabemos nós que temos um objetivo final. E esse objetivo será poder ter a oportunidade de desfrutar desta final, que seria para nós, mais uma vez, o momento muito alto desta temporada, para podermos então desfrutar também desta competição. Estamos cá de uma forma marcadamente presente e não só de vir para poder distribuir ou poder mostrar aquilo que nós conquistamos até hoje.
Receita do sucesso
– A palavra sempre do sucesso é muito compromisso, é muito trabalho para aquilo que nós queremos atingir. Nós fomos capazes de definir objetivos ao longo da temporada, objetivos esses que fomos procurando de uma forma quase que insistente para conseguir ser melhores que qualquer um dos nossos adversários. Há também uma parte importante nisto, que é nós podermos dizer que fomos sempre uma equipe que procurou encarar cada um dos jogos com a máxima seriedade, mas também com a mesma abordagem. Ou seja, nós jogamos em qualquer campo e contra qualquer adversário sempre da mesma forma. Portanto, isto é fundamental para que nós possamos estar convictos daquilo que estamos a fazer, convictos daquilo que é uma ideia que trabalhamos e que preparamos para o jogo e para aquilo que é a nossa temporada, para que depois possamos então dentro da consistência necessária para poder chegar às decisões e aos finais de campeonato na condição de poder depender de si próprio, de uma forma sempre muito forte. Portanto, temos também aqui aquilo que é a capacidade dos jogadores, os jogadores que vivenciaram a temporada, aquilo que nós fizemos em termos de ajustes para nós podermos em momentos importantes da temporada acrescentar valor. Os jogadores, todos eles que vieram, são identificados com o valor chave daquilo que é este Botafogo, trabalho, muito compromisso, espírito de missão e acima de tudo muita humildade. E isto fez com que todo este grupo de trabalho tivesse um alimento tudo muito igual e desta forma nós podemos dizer que o mais forte e fundo tem que ser, se foi sempre aquilo que é o coletivo, é tudo coletivo, e desta forma conseguir os resultados que conseguimos. É mérito dos jogadores pela forma como conseguiram encarar toda esta temporada para chegarem ao final e serem daqui campeões.