Ética e futebol, pelo visto, não combinam tanto. Segundo informação do jornalista Gilmar Ferreira, do “Extra”, neste domingo (29/12), Artur Jorge viajou em jato particular do sheik Abdullah bin Hamad Al Thani, presidente do Al-Rayyan, em novembro, após empate em 0 a 0 entre Botafogo e Cuiabá no Nilton Santos. O treinador negociou com o clube catari já neste período, mesmo com o contrato vigente com o Glorioso e as decisões do Campeonato Brasileiro e da Libertadores pela frente.
“Até que, na janela Fifa aberta em novembro, após o 0 a 0 com o Cuiabá, no dia 9, Artur aproveitou os dias de folga e embarcou para Portugal. Visitou a família em Braga e viajou a Londres no jato particular do xeque Abdullah para conhecer detalhes do projeto e negociar um possível acordo para 2025. Voltou ao Brasil no mesmo avião e deu continuidade ao trabalho no Botafogo, visando aos jogos decisivos da reta final do Brasileiro e da Libertadores“, contou Gilmar Ferreira.
“Mas não escondeu de ninguém, principalmente de John Textor, que tinha em mãos uma oferta tentadora. E que a multa rescisória não seria empecilho. O investidor entendeu a mensagem e ficou de oferecer uma contrapartida que, pelo que se comenta, já não era apenas salarial. O treinador conhece as dificuldades da Eagle Holding e cobrou um projeto esportivo para 2025. Ao que parece, não o recebeu da forma como gostaria“, acrescentou.
Segundo Gilmar Ferreira, desde que estava no Braga, Artur Jorge era procurado por clubes do exterior, como Al-Akhdoud, da Arábia Saudita, o Al Wahda, dos Emirados Árabes Unidos, e Al-Wakrah, do Catar. O Al-Rayyan levou a melhor.