O auditor Caio Carvalho Barros, vice-presidente da 4ª Comissão Disciplinar do STJD, criticou a Abrafut (Associação Brasileira dos Árbitros do Futebol) durante julgamento do volante Marlon Freitas, do Botafogo, realizado nesta quinta-feira (29/8).
O jogador alvinegro foi denunciado pela procuradoria do STJD após uma notícia de infração da Abrafut, que disse que o árbitro teve sua honra atingida por Marlon Freitas ter dito, em entrevista no intervalo do jogo contra o Cuiabá, que o Botafogo teria que “lutar contra o sistema”.
– Eu acho um tanto engraçada essa situação, de o árbitro se dizer ofendido… Se eu sou ofendido, eu fico extremamente contrariado com isso e vou atrás de buscar a resolução para essa ofensa. Eles (Abrafut) fazem a notícia de infração, geram uma denúncia, falam que são ofendidos, nem sequer o árbitro ou um advogado da associação vêm aqui apresentar as razões deles nessa audiência… Acho isso uma ofensa contra o tribunal que se dispôs a julgar um processo desses sem ter a presença deles – afirmou Caio Barros.
O posicionamento de Barros foi seguido pelo auditor Gabriel Fonseca. Marlon Freitas acabou recebendo apenas uma advertência, por unanimidade, com os auditores desclassificando o artigo 243-F § 1º do CBJD (ofensa à honra) para o 258 (conduta antiética). O jogador está liberado para atuar pelo Botafogo.