No balanço financeiro de 2024 divulgado na última sexta-feira (9/8), com bastante atraso, a SAF do Botafogo relatou que há R$ 558,7 milhões a receber da Eagle Football, holding criada por John Textor e que hoje está envolvida em uma batalha judicial contra o Alvinegro e o empresário norte-americano.
Desse valor total, cerca de R$ 370 milhões seriam a curto prazo, em um ano. No documento, a SAF botafoguense menciona operações com o Lyon, outro clube da Eagle, envolvendo “a transferência de direitos relacionados a atletas, além de eventuais repasses ligados ao intercâmbio técnico e à integração de processos esportivos entre os clubes.”
“Durante o exercício, foram realizadas transações entre as empresas do grupo com o objetivo de otimizar o fluxo de caixa consolidado, visando aprimorar a eficiência financeira e atender às necessidades de capital de giro. Essas operações foram estrategicamente planejadas para maximizar a liquidez, assegurar o cumprimento das obrigações e garantir a sustentabilidade das operações do grupo como um todo. Adicionalmente, vale destacar que a integração do Botafogo a uma estrutura de multiclub ownership (MCO) proporciona benefícios substanciais, incluindo um maior poder de barganha nas negociações de atletas, fundamentado em projeções de carreira futura. Essa estrutura não apenas fortalece as capacidades financeiras, mas também cria oportunidades de crescimento no cenário esportivo, o que contribui significativamente para seu desenvolvimento e aumento da competitividade“, diz o balanço.
Dívidas por jogadores
Por outro lado, o balanço aponta um valor que salta aos olhos: a SAF do Botafogo tem R$ R$ 593 milhões a pagar relacionadas a transferências de jogadores, incluindo R$ 99,4 milhões em intermediação. Do total, são R$ 479,8 milhões a serem pagos no curto prazo – ou seja, nos próximos 12 meses.
No entanto, como se trata de 2024, não é possível saber o quanto desse montante foi pago ao logo de 2025. Em contrapartida, os gastos na atual temporada com a contratação de jogadores são ainda maiores do que no ano passado – e a receita com vendas também, diga-se de passagem.
