Bilionário de Hollywood, comprador do Botafogo é dono de 8 Oscars, ‘rei dos hologramas’ e fanático por esporte

Bilionário de Hollywood, comprador do Botafogo é dono de 8 Oscars, ‘rei dos hologramas’ e fanático por esporte
Divulgação

Na última sexta-feira (24), o Botafogo oficializou que venderá 90% das ações de sua SAF (Sociedade Anônima de Futebol) para o Eagle Holding, fundo de investimento do empresário John Textor, por R$ 410 milhões.

Com isso, o magnata norte-americano adiciona um 2º time de futebol aos eu portfólio de negócios, já que ele também é um dos sócios do Crystal Palace, tradicional clube da Premier League.

Mas, afinal, quem é John Textor? De onde veio sua fortuna? E será que ele entende alguma coisa do mundo da bola?

Nascido em 1965 na pequena cidade de Kirksville, nos Estados Unidos, Textor vem de família de classe média, tendo concluído seus estudos em escola pública.

Durante a infância e a adolescência, ele se destacou como um excelente skatista, participando de várias competições e tendo inclusive um patrocinador pessoal. Seu maior feito foi vencer o lendário Rodney Mullen, um dos maiores nomes da história do skate, no final dos anos 70.

Após sofrer uma lesão na cabeça no início da década de 80, Textor se aposentou da modalidade e mudou seu foco para outras atividades que estava em franco crescimento: informática e tecnologia.

Durante os anos 90, o hoje bilionário construiu sua fortuna através de várias empresas do início da era da internet, fundando companhias que ajudaram a “capinar o mato” na world wide web, construindo sites, programando sistemas de segurança e criando ambientes 3D e de realidade virtual para jogos de computador, entre outras atividades.

Após se estabelecer financeiramente, ele daria seus passos de maior destaque no mundo da tecnologia a partir dos anos 2000.

O mago dos efeitos especiais

Em maio de 2006, Textor comprou a Digital Domain, empresa de produção de efeitos especiais para cinema que havia sido fundada em 1993 pelo famoso diretor James Cameron.

À época, a companhia já era bem estabelecida, tendo inclusive recebido o Oscar de melhores efeitos especiais por “Titanic”, lançado em 1997 e dirigido por Cameron.

Sob a batuta de Textor, porém, a Digital Domain explodiu de vez, faturando mais estatuetas da Academia de Artes e Ciências Cinematográficas e fazendo os efeitos especiais de várias películas emblemáticos, como “O curioso caso de Benjamin Button”, “Os homens que não amavam as mulheres”, “Zodíaco”, “Gran Torino” e “Her”, além de diversos filmes de séries como “Transformers”, “Star Trek”, “Piratas do Caribe”, “X-Men”, “Homem Aranha”, “Homem de Ferro”, “Vingadores”, “Velozes & Furiosos”, “Thor” e “Exterminador do Futuro”, entre muitos outros.

Ao todo, a companhia já ganhou oito vezes o Oscar de melhores efeitos especiais.

Depois, o magnata passou a se dedicar também a outra forma de “mágica”.

Em 2013, o empresário fundou a Pulse Evolution Corporation, que produz hologramas ultrarrealistas, além de trabalhar com realidade virtual, realidade aumentada e inteligência artificial.

Sua companhia ganhou as manchetes depois de duas apresentações impressionantes de holografia. A primeira foi quando a Pulse produziu um show do rapper Tupac Shakur, assassinado em 1996, no tradicional festival Coachella. Depois, bombou ainda mais quando fez uma apresentação holográfica de Michael Jackson, o rei do pop, nos prêmios Billboard de 2014, como homenagem aos cinco anos de sua morte, em 2009.

Não à toa, Textor ganhou da revista Forbes um apelido em 2016: “O guru da realidade virtual em Hollywood”.
A entrada para o mundo do esporte

Apaixonado por esportes desde sempre, o empresário entrou de vez no mundo dos negócios deste meio a partir de 2015, quando fundou a fuboTV, serviço de streaming focado em transmissões de jogos.

O crescimento da companhia foi rápido, e, em cinco anos, o aplicativo já tinha direitos de partidas de ligas como NFL, MLB, NBA, NHL e MLS para vários países. Atualmente, ela também se expande para as transmissões de e-sports, outra febre do momento.

Em 2020, por sua vez, Textor deixou seu cargo de diretor-executivo da empresa que havia fundado para dar um passo ainda maior no mundo dos esportes: ser dono de um time.

Em julho de 2021, o bilionário tentou comprar 25% das ações do Benfica, de Portugal, mas não teve sucesso. Meses depois, foi à Premier League e adquiriu 18% do Crystal Palace por 87,5 milhões de libras (R$ 664,76 milhões, na cotação atual), tornando-se um dos donos da equipe londrina ao lado de outros empresários (Steve Parish, Josh Harris e David Blitzer).

Sua gestão é marcada por ser bastante próximas dos fãs. No Twitter, onde conta com cerca de 20 mil seguidores, Textor posta fotos acompanhando partidas das equipes profissional, de base e feminina do clube, além de interagir bastante com a torcida.

Além dos negócios no Crystal Palace, Textor ainda possui uma escolinha de futebol para jovens na Flórida, nos Estados Unidos, que busca revelar novos talentos para o soccer no país.

Agora, ele chegou com força ao futebol brasileiro, comprando 90% das ações do Botafogo e se tornando acionista majoritário da SAF que comandará o Glorioso a partir de 2022.

Fonte: ESPN Brasil

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