“Sem um bom gestor de projetos, Botafogo sai à procura de outro Luís Castro“. Com este título, o jornalista Gilmar Ferreira resumiu a situação alvinegra em sua coluna no “Extra”. Para ele, falta uma liderança no futebol do clube.
Gilmar Ferreira citou que Tiago Nunes e Bruno Lage tiveram trajetória semelhante, com números iguais, entrevistas coletivas conturbadas e pouca contribuição de Tiquinho Soares.
– Sei bem que entre os dois trabalhos (sic) o Botafogo esteve nas mãos de Lucio Flavio, ex-auxiliar de Luís Castro, que dirigiu o time em oito partidas, com 33,3% de aproveitamento em plena reta final do Brasileiro. E isso é importante porque derruba a ideia de que a perda do título da Série A, depois de fechar o turno com 13 pontos de vantagem, afetou o psicológico dos jogadores. Não! O Botafogo desencaixou com a saída de Luís Castro, que até então tinha aproveitamento de 65,2%, e não mais se encontrou. É muito claro, para mim, que o projeto esportivo alvinegro era de Luís Castro. E com a saída dele o jogo do Botafogo perdeu o encanto – escreveu Gilmar Ferreira.
O jornalista considera que o período 100% de Cláudio Caçapa foi um recorte pequeno para ser avaliado e lembrou a importância de uma liderança no projeto.
– O futebol é assim: por trás dos times mais performáticos há sempre um nome a dar alma ao projeto. Alguém capaz de gerir expectativas das mais diversas, cuidando desde a disciplina à estratégia competitiva. Alguém tomando a frente nos momentos difíceis e passando a mínima confiança aos departamentos envolvidos. Por vezes este é um treinador. Em determinados trabalhos é um jogador veterano e vitorioso. Noutros é um executivo capacitado na gestão do capital humano – citou.
– Enfim: o que atrapalha o Botafogo não é o psicológico, tampouco o sobrenatural. O projeto que vinha dando certo era o de Luís Castro, e hoje se entende o medo que John Textor tinha em perder seu verdadeiro gestor. O que falta à SAF alvinegra é alguém com mais eficiência na concepção e administração de um caderno de metas tão ambicioso como o do clube da estrela solitária – completou.