Blog exalta acerto do Botafogo com John Textor, mas cita ‘desconforto político’ e realidade de montar ‘time competitivo’

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Por FogãoNET

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Blog exalta acerto do Botafogo com John Textor, mas cita ‘desconforto político’ e realidade de montar ‘time competitivo’
Vitor Silva/Botafogo

A notícia de maior impacto neste Natal foi, sem dúvida, a assinatura do protocolo preliminar para a venda de 90% da SAF do Botafogo ao empresário John Textor.

O norte-americano é líder do fundo Eagle Holding, que tem 18% do controle acionário do Crystal Palace, da Premier League inglesa.

E homem forte na comunicação digital de grandes produções de Hollywood.

Fala-se em investimento superior aos R$ 400 milhões do acordo entre Ronaldo e Cruzeiro – fora a missão de zerar o passivo do clube, próximo a R$ 1 bilhão.

Se for realmente concretizado, algo previsto para valer por 50 anos, renovável por mais meio século.

E por que escrevo na condicional?

Porque nesta fase preliminar o tal do “contrato não vinculante” apenas alinha os termos a serem posteriormente definidos entre as partes.

Mas também não significa dizer que não tenha valor jurídico – tem sim, pois não exclui a responsabilidade dos envolvidos.

A partir de agora, se não for adiante, Botafogo e Textor correm o risco de terem de indenizar a contraparte numa chamada tutela reparatória.

Ou até mesmo de terem que concluir a operação, sentenciados por ma tutela jurídica específica.

A questão é que até a “materialização jurídica” das intenções, há um departamento de futebol a ser tocado, com um time a ser montado.

E isso, por ora, é o que mais me chama a atenção.

Principalmente, por saber do desconforto político que pode estar por vir.

O grupo de Carlos Augusto Montenegro e Ricardo Rotenberg defendia projeto de viabilização da SAF com prospecção do economista Gustavo Magalhães.

Alinhamento que conta com o apoio do deputado Rodrigo Maia, o primeiro a criticar o negócio feito por Pedro Mesquita, CEO da XP Investimentos.

Como o “termo de confiabilidade” impede a divulgação de detalhes do acordo, fica difícil avaliar o quão bom ele é.

Temo apenas que a discussão interna, nem sempre claramente voltada para a defesa dos interesses do Botafogo, trave a urgência que o caso merece.

Pior: trazendo desconforto a quem hoje tem a responsabilidade de formar um time competitivo para entrar em campo daqui a pouco mais de um mês.

Portanto, antes de se deixar levar pela euforia de um futuro ainda sem previsão para seus efeitos práticos, os alvinegros não podem esquecer de realidade.

Há um Campeonato Brasileiro da Série A a ser disputado neste de 2022 que se aproxima.

Com ou sem o dinheiro de Jonh Textor, o clube precisará ter um time minimamente competitivo…

Fonte: Blog do Gilmar Ferreira - Extra Online

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