Prestes a assinar o contrato definitivo da SAF com John Textor, o Botafogo perdeu por 3 a 1 o clássico para o Flamengo, na última quarta-feira, no Estádio Nilton Santos. A presença do investidor americano no jogo pode acelerar o processo. É o que acredita o colunista Gilmar Ferreira, em seu blog no “Extra”.
– É bem provável que o retorno de John Textor aos Estados Unidos marque, concretamente, o início das operações da SAF do Botafogo. Porque não é possível que o investidor inglês tenha saído do Estádio Nílton Santos satisfeito com o que viu na derrota de 3 a 1 para o Flamengo. O elenco não oferece peças para a montagem de um time competitivo e isso está cada vez mais claro. Tenho certeza que da Flórida, onde reside, o dono do futebol alvinegro apressará o processo de contratações dos primeiros reforços – escreveu Gilmar Ferreira.
O jornalista lembrou que as carências já foram mapeadas e que há jovens jogadores em final de contrato na Europa na lista. Porém, citou que é difícil montar um elenco rapidamente a pouco tempo do Campeonato Brasileiro.
Para Gilmar Ferreira, é possível traçar um paralelo com outra época do Botafogo.
– É natural que os torcedores estejam eufóricos com o simples fim das mazelas financeiras – e a demonstração de apoio ao final do clássico foi comovente. Todo este clima de positividade, no entanto, me faz lembrar das temporadas de 1987 e 88, quando o ex-banqueiro do bicho Emil Pinheiro assumiu o futebol alvinegro. O coquetel de contratações embriagou muita gente, mas os resultados só vieram dois anos depois quando, em 89, o time de Valdir Espinosa quebrou o jejum de 21 anos sem conquistas – lembrou.
– A expectativa hoje é de que o encaixe ocorra dentro no menor prazo possível, e o Botafogo possa ter um time capaz de brigar na parte de cima da tabela do Brasileiro. A realidade, porém, é outra: houve troca no comando da aeronave, atraso no plano de voo e a decolagem deverá ocorrer com portas abertas. Ainda não se pode assegurar que a viagem será tranquila… – completou.