Campeão brasileiro e da Libertadores em 2024, o Botafogo marcou época. Não só conquistou títulos, como jogou bem e encantou. Como ao jornalista Alexandre Alliatti, que em seu blog no “GE” escreveu sobre o sentimento que tinha ao ver o time alvinegro jogar no ano passado.
– O Botafogo me dá saudade. Ele foi minha dose de diversão no futebol brasileiro no ano passado. Eu sempre dava um jeito de vê-lo jogar. Foi bonito ver aquela dinâmica se construindo: a defesa se solidificando enquanto o talento ofensivo se encaixava, a forma como os setores se comunicavam, a capacidade de acelerar o jogo quando era preciso e de acalmá-lo quando convinha – afirmou Alliatti, antes de falar de 2025.
– E de repente tudo derreteu. É um desperdício que o melhor time do Brasil no ano passado tenha minguado tão rapidamente. A derrota de 1 a 0 para o Estudiantes, nesta quarta-feira, na Argentina, nem é o melhor exemplo (era um jogo duro): mas é mais um elemento dessa nova realidade. O campeão da América corre sério risco de eliminação na fase de grupos da Libertadores; o campeão nacional patina no Brasileirão. E é tudo consequência da autossabotagem que o clube se impôs: os 55 dias sem treinador, a falta de reposições à altura para Thiago Almada e Luiz Henrique, a saída de jogadores que não eram titulares (mas compunham bem o elenco), a escolha duvidosa do técnico Renato Paiva como substituto de Artur Jorge – acrescentou.
O jornalista lembrou a campanha ruim do Botaogo em 2025 e apontou que ainda há como se recuperar.
– Depois do jogo, Paiva disse, com razão, que o time de 2024 “já não existe”. Ele tem razão – infelizmente. Mas ainda é possível resgatar a memória do que restou daquela ótima equipe e aproveitar os reforços para criar, com atraso, a versão 2025 do Botafogo – concluiu.