O Botafogo vive momento delicado na temporada, após eliminações e empate em 3 a 3 como Mirassol no Estádio Nilton Santos, pelo Campeonato Brasileiro, após abrir 3 a 0. Em seu blog no “Extra”, o jornalista Gilmar Ferreira evitou culpar Davide Ancelotti e criticou a ausência de um gestor esportivo.
Para ele, a torcida está com feridas reabertas desde a eliminação no Intercontinental de 2024, com frustrações em sequência.
– E quando me refiro à ferida reaberta falo do desencanto com o trabalho de Davide Ancelotti, já apontada por alvinegros como o responsável pela oscilação do time. E isso é péssimo! De julho de 2023 a até aqui, o Botafogo teve seis treinadores no comando, sem contar a interinidade de Cláudio Caçapa: Bruno Lage, Lucio Flavio, Tiago Nunes, Artur Jorge, Renato Paiva e Davide Ancelotti – lembrou.
– É como se cada um deles tivesse dirigido o time por quatro meses, o que derruba a ideia de trabalho profissional, estruturado e gerido por gente bem capacitada. Essa, aliás, é a minha crítica desde a saída de Luís Castro: a ausência de um gestor que assine o projeto esportivo. Porque até aqui o tal “Botafogo Way” é coisa que só existe na cabeça de John Textor — e acho nem ele sabe bem o que é – constatou.
Gilmar Ferreira não acredita que a solução seja uma troca de treinador.
– O Botafogo tem uma vitória nos últimos cinco jogos (duas nos oito mais recentes), mas Davide Ancelotti tem 15 pontos somados nos últimos 30 disputados no Brasileiro. Um aproveitamento de 50% que mantém o time na briga por vaga no pelotão de cima. E o fato de o filho do técnico da seleção brasileira ter apenas 36 anos não o desabona em nada. Não é hora, portanto, para novas rupturas. É preciso reforçar a estrutura e fortalecer a autoestima – complementou.