Boa atuação de Lucas Halter em clássico fez Botafogo ‘tirar’ Bastos de final da Supercopa para usar em jogo em Moça Bonita, justifica Carlos Leiria

Bastos em Nova Iguaçu x Botafogo | Campeonato Carioca 2025
Reprodução/Premiere

Um comentário recorrente é de que Bastos lesionou o joelho em um jogo do Botafogo contra o Nova Iguaçu, pelo Campeonato Carioca, porque Carlos Leiria o escalou no péssimo gramado de Moça Bonita, em fevereiro. O ex-técnico interino deu sua versão e falou sobre o assunto em entrevista ao podcast “Toca e Passa”, de O “Globo”.

Segundo ele, o Botafogo tomou uma decisão em conjunto de não usar Bastos na final da Supercopa do Brasil e promover a volta diante do Nova Iguaçu. Um dos motivos foi apostas em Lucas Halter, posteriormente emprestado para o Vitória.

– A boa partida do Lucas contra o Fluminense faz com que seja adiado o retorno do Bastos. O Bastos era para voltar na final mas internamente o que foi passado, o que foi pedido, foi “olha, ganhamos 10 dias para preparar o Bastos para o próximo jogo, o Lucas deu conta do recado, fez um bom jogo contra o Fluminense, vamos colocá-lo contra o Flamengo na final, e a gente ganha um tempo maior pra preparação do Bastos” – explicou Leiria.

– Eu conversei muito com o Lucas sobre isso, inclusive na antevéspera, antes de definir a equipe, eu o chamei para uma conversa, e ele sabia que um bom jogo contra o Flamengo ia começar a apagar aquilo que tinha ficado no ano anterior. Ele trabalha bem, tanto que hoje atualmente é o capitão do Vitória. Ele treina muito bem, é um bom jogador, foi campeão no Atlhletico-PR, então havia uma expectativa de ter um reforço interno que era o próprio Lucas Halter. Infelizmente, isso não se confirmou depois. Ele teve um rendimento muito satisfatório contra o Fluminense, foi muito bem, e isso nos deu confiança, deu confiança para o clube. E nos foi solicitado então mais tempo, então nós no fim das contas nós ganhamos tempo para colocar o Bastos em campo. Posterior ao jogo do Flamengo como eu citei, é uma decisão em conjunto, então ao conversar com o coordenador técnico, ao conversar com o departamento de saúde e performance, chegamos a um consenso de que a melhor solução naquele momento era manter os jogadores (titulares), jogar o jogo contra o contra o Nova Iguaçu em Bangu e depois seria uma viagem para Cariacica, os mesmos ficariam treinando, teriam uma recuperação maior – ponderou.

Carlos Leiria garantiu ainda que já conhecia o gramado de Moça Bonita.

– Sim, eu também fiz o levantamento do gramado, porque como eu já estava trabalhando no estado do Rio há três anos, na base, foi ponderado. Foi conversado, mas a gente sabe que também era o momento, são jogadores, precisam jogar, precisam estar em atividade e a gente sabe das dificuldades que tem o Campeonato Carioca com relação aos gramados. A gente jogou também contra o Sampaio Corrêa em um gramado ruim, jogamos ali em Bangu, o gramado não oferecia as melhores condições mas era o que naquele momento a gente poderia ter para jogo, o que leva um pouco o jogo para essa questão de contato. Eu acho que o lance do Bastos foi muito isolado, foi um lance na lateral, um lance até estranho, infelizmente porque o Bastos estava, o atacante do Nova Iguaçu estava indo fazer a pressão, ele estava com a bola e eles chocaram, foi um choque ali acabou pegando a parte medial do Bastos, depois causou essa infelicidade de ter essa lesão e ficar esse tempo todo parado – resumiu.

Bastos não conseguiu mais jogar de forma regular desde então e precisou fazer uma cirurgia no joelho. Ele tem previsão de retorno em outubro.

Fonte: Redação FogãoNET e O Globo

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