Líder desde a terceira rodada, o Botafogo tem mais pontos, mais vitórias, melhor ataque e melhor defesa. Com 59 pontos a dez rodadas do fim do Campeonato Brasileiro, o time tem mais de 80% de chances de título. No entanto, qualquer detalhe vira discussão na imprensa se a competição está em aberto.
No programa “Sportscenter”, da ESPN, o comentarista Gustavo Zupak deu sua opinião.
– Depende de duas coisas, dos perseguidores não oscilarem e o Botafogo oscilar. Se tem alguém que pode oscilar é o Botafogo, Fla e Red Bull Bragantino não podem. Faço questão de lembrar, o vice-líder é o Red Bull Bragantino, hoje não vejo campeonato ameaçado, mas se alguém tem chance e ele, é vice-líder, vem de sequência impressionante, ganhando de todo mundo. Entendo o olhar sobre o Flamengo, pelo potencial, pela qualidade do Tite, pela solidez dos primeiros jogos, que não foram avassaladores, pela organização, fez o mínimo para vencer. Mas não dá para não olhar para o Red Bull Bragantino antes de olhar para o Flamengo. É um campeonato com pouca emoção ou nenhuma emoção em relação à briga pelo título em 28 rodadas, por isso qualquer piscada… O Botafogo venceu o América-MG, falou-se em “já foi, contagem regressiva”. Empatou um jogo, teve adiamento, aí é “opa”. É falta de pauta na discussão sobre o título – resumiu.
O comentarista criticou a decisão da CBF de adiar o jogo com o Fortaleza, previsto inicialmente para esta terça-feira.
– O que aconteceu achei muito mal conduzido por parte da CBF. Em menos de 66 horas não pode jogar, mas acho que se precipitou em bater o martelo rapidamente, deveria ouvir as partes, entender os clubes, o asterisco que o caso pede e tomar outra decisão. Uma vez tomada a decisão, de supetão, não tinha como voltar atrás. Para o Botafogo, era muito mais interessante jogar agora. Cada um defendeu sua narrativa. Para o Fortaleza, é melhor não jogar agora e no futuro usar seu time titular. A CBF seguiu o regulamento, mas não precisava ter sido tão rápida. Dava para entender que foi diferente, foram poucos minutos jogados. É um caso atípico – completou.
