Antes colocado como neutro na discussão sobre a nova Liga, o Botafogo assinou, junto a outros 13 clubes – a maior parte deles do grupo Forte Futebol – um comunicado em que eles “estão dispostos a assinar a formação da Liga tão logo uma análise aprofundada seja feita”. A informação é do colunista Danilo Lavieri, do UOL.
Além do Botafogo, são signatários do comunicado Athletico-PR, América-MG, Atlético-GO, Avaí, Ceará, Coritiba, Cuiabá, Fortaleza, Goiás e Juventude – integrantes do Forte Futebol -, Atlético-MG, Fluminense e Internacional.
No documento, os clubes afirmam ainda que creem num acordo até o dia 12, quando está marcada uma reunião na sede da CBF com todos os clubes das Séries A e B. No entanto, os signatários ressaltam que, do jeito que foi apresentada, a Liga “não diminui a desigualdade entre clubes brasileiros”.
Botafogo e os demais 13 clubes citados, continua o colunista, admitiram que é possível assinar a entrada no grupo – proposto por Flamengo, Corinthians, Palmeiras, Red Bull Bragantino, Santos e São Paulo – e depois discutir mudanças no estatuto da Libra (nome dado à nova Liga), especialmente em relação à divisão das receitas.
Confira a íntegra da nota:
Os clubes signatários receberam, na última sexta-feira, a convocação para a reunião realizada nesta terça-feira (03/05/2022) em São Paulo, com o objetivo de discutir os termos da criação da Liga de futebol profissional brasileira.
Os clubes prontamente se dispuseram a comparecer ao encontro, a despeito da convocação emergencial, demonstrando, com isso, que estão absolutamente cientes e engajados na formalização da entidade, com ampla adesão das Séries A e B.
Entre as muitas razões para a formação da liga está a premente necessidade de se elevar o nível de qualidade do futebol brasileiro, resgatando seu protagonismo no cenário mundial. O caminho para alcançar este objetivo é, sim, a construção de um campeonato forte, com clubes revitalizados e um padrão de equanimidade nas condições de disputa.
A ideia da liga tem o mérito de prever maiores receitas para os clubes, que poderiam conviver em um ambiente mais equilibrado financeiramente. Porém, as condições apresentadas para a incorporação das agremiações à Liga ainda não permitem exatamente o cumprimento do objetivo principal, que é a busca de uma equanimidade entre os clubes.
O documento apresentado e por ora assinado apenas por alguns Clubes apresenta regras de distribuição de receitas que pouco reduzem a atual disparidade de divisão de receitas. Há sim ali uma redução da diferença, mas ainda aquém do ideal, o que pode ser facilmente atingido por meio do diálogo.
Entre as várias questões a serem discutidas, os aspectos principais são o percentual previamente definido para a distribuição de receita igualitária, o limite a ser estabelecido como diferença de receita entre o primeiro e o último clube da competição. Há, ainda, outros pontos a serem debatidos, sobretudo no que tange ao critério de engajamento, mas que podem ser objeto de aprofundamento após o efetivo ingresso dos Clubes signatários na Liga.
Os clubes signatários desta carta se dispõem a assinar a formação da Liga tão logo seja possível uma análise aprofundada sobre os critérios mencionados, além de outros, de menor impacto e que podem ser analisados no momento oportuno, mas igualmente importantes, razão pela qual confiam que, até a próxima reunião, com possíveis avanços no entendimento de solucionar tais pontos será possível chegarmos a uma adesão de Clubes em maior número e com isso a formalização da Liga com muita força e unidade.
América-MG, Atlético-MG, Athletico-PR, Atletico-GO, Avai, Botafogo, Ceará, Coritiba, Cuiabá, Fluminense, Fortaleza, Goiás, Internacional, Juventude