O Botafogo segue se organizado e se reestruturando. O clube apresentou na semana passada à Justiça plano para aderir ao Regime Centralizado de Execuções e incluir R$ 178 milhões em dívidas neste novo modelo, criado a partir da lei da Sociedade Anônima do Futebol (SAF). O site “GE” deu detalhes do planejamento alvinegro.
O valor é referente a dívidas cíveis e trabalhistas deixas nos últimos anos. Haverá uma fila de credores, com o Botafogo destinando parte de suas receitas (20%) para fazer pagamentos mensalmente. O modelo é parecido com o Ato Trabalhista, mas inclui também pendências cíveis.
No acordo, o Botafogo terá seis anos para cumprir o combinado e poderá aumentar o prazo em mais quatro anos se tiver pago 60% da dívida nos primeiros seis anos.
A dívida do Botafogo nesses aspectos são de R$ 137,6 milhões em ações trabalhistas e R$ 40,4 milhões em processos cíveis, com total de 219 credores. Os valores ainda podem ser atualizados.
A SAF estipula uma ordem para pagamentos da seguinte forma: Idosos; Pessoas com doenças graves; Pessoas cujos créditos de natureza salarial sejam inferiores a 60 salários mínimos; Gestantes; Pessoas vítimas de acidente de trabalho; Credores com os quais haja acordo que preveja redução da dívida original em pelo menos 30%. Processos mais antigos têm preferência.
Caso a Justiça aprove o pedido, o desafio do Botafogo será aumentar as receitas para conseguir honrar os compromissos. As projeções do clube são arrecadar R$ 182,9 milhões em 2022 (com R$ 21,4 milhões separados para o Regime Centralizado de Execuções) e R$ 252,1 milhões para 2023 (com R$ 34,1 milhões para o RCE).