Médico do Botafogo, Gustavo Dutra teve atuação exemplar no caso Rafael, que desmaiou e teve um trauma craniofacial após choque de cabeça com Thiago Galhardo, do Fortaleza, no último domingo. O profissional prezou pela vida do lateral-direito, que foi substituído e levado para hospital para exames.
Rafael foi submetido a uma cirurgia para corrigir a fratura facial, procedimento que foi explicado por Gustavo Dutra.
– (Nesses casos) Vamos atrás dos especialistas. Cada um de nós tem uma especialidade, não dá pra fazer tudo e não é o certo. Então procuramos os melhores para atender nossos atletas. A cirurgia foi feita por um acesso intraoral. Abriu a boca do Rafa, vai com o material cirúrgico e reduz a fratura. Dessa vez não foi uma placa, mas no Victor Cuesta precisamos. É uma fratura cominutiva, ou seja, em vários pedaços, e aí precisa colocar uma placa. Não tinha como reduzir só com material de síntese, precisou colocar placa e parafuso, mas o do Rafael não precisou. Reduziu, ficou alinhado, bonitinho, não precisou abrir – disse Gustavo Dutra, ao site “GE”.
O médico também detalhou como será a máscara utilizada por Rafael.
– Existem duas máscaras mais comuns. Existe uma de EVA e outra de fibra de carbono. A do Cuesta foi de EVA. Quando você coloca placa de parafuso, ou uma haste, algo assim, você está protegendo aquele osso, unindo mais, não precisa formar um calo ósseo. Você coloca uma máscara que não precisa proteger tanto o atleta e ficar tão pesada no rosto, porque a placa protege – pontuou.
– No caso do Rafael, que você faz redução da fratura, você precisa ter essa máscara mais resistente. Você precisa de um material diferente do que vai ter do Cuesta. Elas fazem a mesma função, mas é questão da técnica cirúrgica. Temos os especialistas que fazem os moldes, que são dentistas e cirurgiões buco-maxilo-faciais. Eles fazem o molde – complementou.