Botafogo vendido por mixaria? Jornalista compara com clubes ingleses e aposta em sucesso: ‘Investimento é grande e demonstra confiança dos investidores’

Marcelo Courrege comenta SAF do Botafogo e faz comparações com clubes da Inglaterra
Reprodução/TV Globo

A notícia de que o Botafogo assinou um pré-contrato com a Eagle Holding, de John Textor, para adquirir 90% da SAF alvinegra por R$ 400 milhões gerou empolgação da torcida, mas também houve espaço para críticas. O repórter Marcelo Courrege, correspondente da TV Globo em Londres, rebateu o argumento de que o valor envolvido era pouco e fez uma comparação com clubes da Inglaterra, mercado que atrai muitos investidores no mesmo modelo.

Segundo o jornalista, o Derby County, clube que disputa a Segunda Divisão inglesa, foi alvo de uma proposta de compra do fundo soberano saudita por 60 milhões de liberas (cerca de R$ 450 milhões), valor similar ao pago por Textor para comprar 90% da Botafogo S/A. Este fundo saudita acabou fechando posteriormente a compra do Newcastle, que disputa o principal campeonato do mundo, por 300 milhões de libras (R$ 2,2 bilhões).

“O Derby County, outro time tradicionalíssimo, de muita torcida, foi uma possibilidade de compra dos sauditas quando o negócio do Newcastle estava emperrado. Não foi pra frente, porque os sauditas conseguiram comprar o Newcastle. Reparem que os valores (sem contar as dívidas) são mais ou menos os mesmos a serem pagos no Botafogo. “Ah, mas o Derby County está na segunda divisão inglesa há séculos…” Pra quem não sabe, a Championship é o 6º campeonato de futebol mais lucrativo do planeta. Clubes movimentam pequenas fortunas a cada temporada. Ou seja, investir ali pode gerar lucro (ou prejuízo) mais rápido”, escreveu o jornalista.

Marcelo Courrege acredita que o aporte do fundo americano gerido por John Textor é um ótimo sinal de confiança no modelo de negócio do futebol brasileiro.

Li uma galera dizendo que o valor a ser pago pela Eagle Holding pra assumir 90% do Botafogo é mixaria. Não é. Basta olhar pro mercado internacional e considerar o abismo cambial entre Brasil e Europa. Causa-me ótima impressão o desejo de uma empresa multinacional bem estabelecida, com experiência na área, querer investir no futebol brasileiro. Especialmente, numa super marca como o Botafogo, de potencial subaproveitado (algo que eu sempre disse). O investimento é grande, no mesmo patamar de clubes de ligas bem mais lucrativas. Isso demonstra uma confiança dos investidores no negócio. Ótimo sinal“, opinou.

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