Mateo Ponte quase fez sua estreia pelo Botafogo nesta quarta-feira (23/8), entrando no segundo tempo. Porém, o gol marcado pelo Defensa y Justicia fez o técnico Bruno Lage cancelar a entrada do uruguaio. Após o empate em 1 a 1 pela Copa Sul-Americana–2023, o treinador português explicou que o jovem lateral tem sentido dores.
– O Mateo tem estado com um ligeiro desconforto no joelho, treinou os últimos dois dias e hoje queríamos dar oportunidade à determinada altura. Tinha duas substituições planejadas: uma era trocar um dos homens da frente pelo Diego (Hernández) e outra era o Victor (Sá) pelo Luis (Henrique). E depois os jogadores que não têm jogado tanto, primeiro o JP (Galvão) e depois o Gabriel (Pires). Vamos precisar dessa gente jogando os 90 minutos – afirmou Lage, explicando a opção por JP Galvão na lateral:
– O Di Placido (suspenso para o jogo do próximo domingo contra o Bahia) tem feito uma temporada muito boa, não tem dado hipótese a ninguém de jogar. Há 15 dias, quando o JP estava jogando bem contra o Guaraní, ele teve que sair e o Di Placido foi lá fazer mais tempo de jogo. Tivemos que optar por um e aí optamos por aquele que está há mais tempo treinando com o time, que está mais rotinado com os colegas, que está mais bem ambientado ao Brasileirão.
Lage pediu apoio da torcida aos jovens que estão entrando no time.
– Temos muitos jogadores chegando com enorme potencial e temos que acarinhá-los, como eu os acarinho. Qualquer um deles com 20 anos, estamos vivendo um período muito bom, mas temos que ter nervos de aço com homens com a experiência como o Victor Sá que tem capacidade melhor de suportar a pressão… Não digo a pressão, porque existe em todo clube grande, mas a ansiedade, o clube não ganha o Brasileirão há 28 anos e essa competição há 30 anos. Esses rapazes que estão chegando amanhã serão eles que serão os mais experientes, que passarão os valores aos mais jovens. Não podemos deixar cair, temos que continuar a dar carinho e apoio – frisou Lage.
– Pedi apoio e carinho ao JP, ao Hugo, a todos esses jovens. Independentemente dos jogadores, é muito melhor se sentir acarinhado do que sentir uma ansiedade que vem de fora. É só ver o jogo contra o Internacional, os torcedores em uma atmosfera fantástica ajudaram a equipe a virar o jogo. Pedi apoio porque temos muitos jovens que precisam desse apoio. O que queremos é que todos continuem unidos, apoiem independentemente se sofrermos um gol. Dentro do grupo, não há ansiedade nenhuma – completou.
